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Mais de 11 milhões de usuários do aplicativo 99 já experimentaram uma nova forma de transporte, que se destaca pela limpeza, tecnologia e baixo ruído. Os dados revelam que foram mais de 7,5 milhões de viagens realizadas em veículos eletrizados. Interface que possibilitou esse avanço conta com mais de 8,5 mil veículos, sendo elétricos e híbridos, cadastrados na plataforma. Esses números significativos foram apresentados durante a segunda edição do Fórum da Aliança pela Mobilidade Sustentável, que ocorreu na cidade de São Paulo.
No último mês de setembro de 2024, foi introduzida a categoria 99electric-Pro, um serviço exclusivo que permite aos usuários solicitar carros totalmente ou parcialmente movidos à eletricidade. Desde o início desse projeto, a empresa investiu em múltiplas áreas, somando mais de R$ 280 milhões nos últimos dois anos e meio. Dessa forma, a frota de veículos eletrificados saltou de 1,7 mil em 2023 para 4 mil em maio deste ano, e, em um curto espaço de seis meses, dobrou para 8,5 mil.
O compromisso da 99 é claro: liderar a transição para uma mobilidade urbana mais limpa e acessível em todo o Brasil. Junto à Aliança pela Mobilidade Sustentável, a empresa tem apressado a eletrificação do transporte urbano, gerando impactos significativos para motoristas, passageiros e o meio ambiente. A colaboração entre essas entidades fortalece seus objetivos, promovendo um futuro sustentável e inovador para as gerações futuras, conforme destaca Thiago Hipolito, diretor sênior de inovação na 99.
O Fórum da Aliança pela Mobilidade Sustentável congregou representantes da eletromobilidade no Brasil, assim como do setor público e privado, focando nos avanços, oportunidades e desafios da eletrificação no transporte, além de políticas públicas para esse setor e novos lançamentos de produtos.
A Aliança, liderada pela 99, é uma coalizão que agrega 23 empresas, com a recente inclusão de Vammo e Riba, especializadas em scooters elétricas. Anteriormente, nomes como iFood e 99Moto já estavam envolvidos nessa parceria.
A Vammo, por exemplo, implementou um sistema de troca de baterias que acontece em menos de um minuto, possuindo estações a cada dois quilômetros na cidade. Essa inovação ajuda a atender a crescente demanda por soluções que diminuam as emissões de gases, transformando as cidades em lugares mais silenciosos e limpos, ao mesmo tempo que proporciona economia para motociclistas.
No momento, há 1.700 motocicletas elétricas cadastradas na 99, com uma previsão de que esse número chegue a 2 mil até o final de 2024 e 10 mil no próximo ano. Os veículos em questão utilizam a tecnologia de Battery Swap, que realiza a troca de baterias em menos de 5 minutos, eliminando as longas horas de espera para recarga total. Além disso, essas motos colaboram para a redução de ruídos e emissões de poluentes locais, incluindo CO₂ e NOx, ao mesmo tempo que utilizam um algoritmo que aumenta a segurança no trânsito, como explica Carlos Augusto Serra Roma, CEO da Riba Brasil.
Infraestrutura de carregamento elétrico
A necessidade de ampliar a infraestrutura de recarga elétrica no Brasil é um dos principais desafios para o avanço da eletromobilidade no país. No projeto atual da Aliança, estão disponíveis dois pontos de carregamento Zletric e quatro da Easy Volt, totalizando 80 plugs DC. Além disso, em São Paulo, houve um aumento na oferta de estações de recarga rápida, todas com descontos exclusivos para motoristas parceiros da 99. No entanto, fora da capital paulista, a situação se torna mais complicada, visto que os avanços estão concentrados na metrópole.
Para os motoristas da 99, a ausência de locais adequados para recarga não é necessariamente um impedimento. Estudos da empresa mostram que aproximadamente 75% dos motoristas registrados residem em casas e costumam carregar seus veículos elétricos durante a noite. Durante o dia, enquanto trabalham, realizam pequenas recargas, caso necessário. Com base nessa realidade, a 99 identificou a urgência de aumentar a disponibilidade de estações de recarga rápida e facilitar aos motoristas a recarga na rua, oferecendo incentivos como descontos no abastecimento e prioridade nas estações de recarga. Para aqueles que optam pela recarga em casa, foram implementadas iniciativas de apoio financeiro, já que a aquisição e instalação de um carregador podem custar cerca de R$ 7 mil. A Aliança estipulou um modelo que favorece a negociação com empresas que alugam carregadores, com a opção de compra ao final do contrato.
Para motoristas comuns, a expectativa é positiva, embora seja necessário planejamento para viagens com automóveis totalmente elétricos. “Dirigir um carro elétrico exige um pouco mais de disciplina. É fundamental ter o aplicativo correto para localizar onde é possível recarregar,” explica Paulo Henrique “PH” Andrade, CEO da IturanMob. “A situação já melhorou muito em comparação ao que era há um ou dois anos,” acrescenta.
Os especialistas destacam que tecnologias em desenvolvimento prometem aprimorar ainda mais a experiência dos usuários nos próximos anos. Um exemplo é uma fábrica na China que consegue carregar 70% de uma bateria de carro com autonomia de 480 km em apenas 10 minutos. Embora essa tecnologia ainda não esteja disponível nas ruas, a expectativa é que, em breve, a recarga se torne quase instantânea, assim como um abastecimento em um posto de gasolina, segundo o diretor de inovação.
Ações para os motoristas
Com o que se desenha como regulamentação do mercado de carbono no Brasil, a Aliança pela Mobilidade Sustentável apresentou o Programa de Créditos de Carbono, desenvolvido em parceria com Osten e BVM12. O intuito é gerar benefícios financeiros para os motoristas da 99 através da diminuição das emissões de CO2. O cadastro de veículos de baixa emissão na plataforma já permitiu evitar a liberação de mais de 8 mil toneladas de CO₂ na atmosfera.
Veja como o programa funcionará:
- Na primeira etapa, o programa será implementado com os automóveis fornecidos pela Osten. Durante essa fase, os dados das viagens—como quilometragem e consumo de energia—serão registrados por equipamentos de telemetria, com instalação e operação validadas pela IturanMob.
- A segunda fase envolve a análise dos dados coletados e a conversão dessas informações em créditos de carbono. Esse processo será realizado com uma metodologia desenvolvida no Brasil em colaboração com uma certificadora nacional, utilizando tecnologia blockchain para garantir a integridade e rastreabilidade dos dados.
“Estamos propondo uma abordagem prática para mitigar as emissões de poluentes e criar uma nova fonte de renda para motoristas parceiros. A meta é integrar tecnologia e responsabilidade social, contribuindo para um futuro mais sustentável e inclusivo,” afirma Kyung Seung Lee, CEO da BVM12.
Para facilitar o acesso de motoristas parceiros a veículos eletrificados, a Aliança tem promovido uma série de iniciativas voltadas tanto para locação quanto para aquisição de automóveis. Com a Dahruj Rent a Car, juntamente com o apoio do Santander, BYD e IturanMob, foi possível subsidiar parte do aluguel de veículos elétricos. Adicionalmente, há parcerias com a BYD e Santander que oferecem descontos para a aquisição do modelo BYD Dolphin, com possibilidade de redução de até R$ 1.000 mensais em custos operacionais e auxílio na instalação de carregadores residenciais. Detalhes adicionais sobre as condições podem ser encontrados neste link.
Os esforços da Aliança estão concentrados em São Paulo, o que explica, em parte, as dificuldades enfrentadas por muitos, como o jornalista Reinaldo Canto, que não conseguiu localizar uma estação de recarga ativa em Campinas, o maior município do interior paulista. Durante sua fala, Hipolito mencionou outras grandes cidades, como Salvador, Belo Horizonte, Curitiba e Brasília, que também possuem potencial para se tornarem áreas de expansão para a atuação da Aliança.
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