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A emergência climática e um novo recorde de temperatura em 2024
O fenômeno da emergência climática se concretiza como uma realidade palpável, com eventos climáticos extremos ameaçando as condições de vida no planeta Terra. O cenário atual é preocupante e, para reverter essa situação, parece uma meta ainda distante, dado que temperaturas têm alcançado recordes a cada novo ano. De fato, 2023 já havia sido considerado o ano mais quente já registrado até aquele momento. Contudo, novos dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) agora apontam que 2024 deve se tornar o ano mais quente já registrado na história do nosso planeta.
Ademais, estamos observando a primeira ocorrência em que ultrapassamos a temperatura de 1,5ºC, limite estipulado no Acordo de Paris de 2015.
Recentemente, o monitoramento climático da União Europeia revelou que, em novembro, a temperatura média da superfície do planeta foi de 1,62 graus Celsius superior à média considerada pré-industrial. Com os dados de 11 meses de 2024 agora compilados, especialistas estimam que a temperatura média global para o ano está projetada em 1,60ºC, superando, assim, o recorde de 1,48ºC estabelecido no ano passado.
É vital que as emissões de combustíveis fósseis sejam reduzidas em 45% até o final desta década para garantir que a temperatura média global permaneça abaixo do limiar de 1,5ºC. Se não houver ações efetivas, enfrentaremos cenários climáticos cada vez mais severos: eventos extremos, como tempestades, ondas de calor, secas e inundações, aumentarão em frequência e intensidade.
A necessidade de ação climática
“Com os dados do Copernicus do penúltimo mês do ano, é possível afirmar que 2024 será o ano mais quente já registrado e o primeiro ano civil a superar a marca de 1,5°C. Isso não indica que o Acordo de Paris tenha sido descumprido, mas evidencia que a implementação de ações climáticas ambiciosas deve ser priorizada como nunca antes”, afirmou a vice-diretora do C3S, Samantha Burgess, conforme reportado por este serviço climático.
A cada mês, o Copernicus Climate Change Service disponibiliza uma atualização sobre várias questões climáticas, incluindo temperaturas, hidrologia e extensão do gelo marinho, permitindo uma análise abrangente do clima atual. As atualizações contêm gráficos e mapas que ilustram a evolução dos principais indicadores relacionados às mudanças climáticas, com base em dados reanalisados do conjunto ERA5 do C3S.
Segundo os registros mensais, novembro foi o segundo mês mais quente já documentado globalmente, logo atrás de novembro de 2023. A temperatura média para aquele mês foi de 14,10ºC, o que representa um aumento de 0,73ºC em relação à média de novembro entre os anos de 1991 a 2020.
De setembro a novembro, a temperatura média global foi a segunda mais alta já observada, perdendo apenas para 2023, com 0,75ºC acima da média mensal de 1991 a 2020. Em novembro, registrou-se que este foi o 16º mês dos últimos 17 no qual a temperatura média global da superfície superou em mais de 1,5ºC os níveis pré-industriais.
A média de temperatura da superfície do mar em novembro, excluindo as regiões polares, também foi a segunda mais alta já registrada, ficando atrás apenas de novembro de 2023, com uma diferença de apenas 0,13ºC.
A extensão do gelo marinho na Antártica em novembro se encontrava 10% abaixo da média, atingindo a menor extensão mensal verificada até o momento. Este valor foi ligeiramente inferior aos níveis observados em 2016 e 2023. Por sua vez, a extensão do gelo no Ártico em novembro ficou entre as três menores já registradas, com uma diferença de nove por cento em relação à média.
Com informações do Copernicus Climate Change Service, The Guardian e EcoWatch
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