Voz dos Oceanos lança linha de joias e acrescenta ações benéficas

Joias Julio Okubo Voz dos Oceanos

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Joias da coleção Voz dos Oceanos, de Julio Okubo, com destaque para pérolas
Fotos: Julio Okubo

A joalheria Julio Okubo, reconhecida no Brasil pelas suas pérolas, lançou a nova coleção “Voz dos Oceanos”. O projeto tem como intuito apoiar a expedição da Família Schurmann, que se dedica a conscientizar o público e propor soluções para o combate à poluição plástica nos mares e no planeta.

As peças, elaboradas de maneira artesanal e inspiradas na vida marinha, são reflexo do movimento das ondas e apresentam a pérola como elemento central. A coleção inclui brincos, anéis, colares e pingentes, com destaque para o colar Raia, confeccionado em ouro branco e adornado com pérolas, diamantes e águas-marinhas, trazendo no design a arraia, símbolo de proteção e agilidade, além de um novo elemento, a gota, que representa a união e a colaboração de todos os envolvidos neste projeto.

Em suas palavras, Maurício Okubo, vice-presidente e diretor da Julio Okubo, ressalta o simbolismo do pingente em forma de gota. “Ele representa o poder da união. Sozinhos somos apenas uma gota no oceano, mas juntos podemos gerar mudanças significativas. Este pingente é um convite a todos para se tornarem uma voz em prol dos oceanos”, explica.

Joias da coleção Voz dos Oceanos de Julio Okubo com ênfase nas pérolas
Fotos: Julio Okubo

Exposição em Santa Catarina

Juntamente com a nova coleção de joias voltadas para a expedição Voz dos Oceanos, as iniciativas da família Schurmann estão também em exibição na cidade de Itajaí, Santa Catarina. A exposição inédita reúne a história de 40 anos de navegação pelos Schurmann, com uma coletânea de fotos e vídeos. Este evento também marca a inauguração do quiosque da Alma Catarina, uma marca de moda sustentável, autorizada pela Voz dos Oceanos.

Comemora-se a primeira volta ao mundo realizada pela família Schurmann, e o shopping BravaMall, localizado na Praia Brava de Itajaí, servirá como cenário para uma narrativa visual, sendo equipado com totens informativos, galerias de fotos e vídeos sobre as expedições. O público poderá conhecer a trajetória do casal Heloísa e Vilfredo Schurmann, que inclui três voltas ao mundo até o presente momento e a criação do projeto Voz dos Oceanos.

Heloisa Schurmann durante a expedição Voz dos Oceanos
Heloisa Schurmann durante a expedição Voz dos Oceanos. Foto: Arquivo pessoal

Os visitantes da exposição terão a oportunidade de conhecer o quiosque Alma Catarina, cuja proposta de moda é ancorada na sustentabilidade e que lançou uma coleção de camisetas com a missão de trabalhar para a preservação dos oceanos. O quiosque foi projetado com inspiração no veleiro Kat, apresentando um formato que remete a um barco.

A linha de camisetas unissex criada pela marca é confeccionada em algodão brasileiro 100% orgânico, produzido através da agricultura familiar, que minimiza o uso de água e evita defensivos agrícolas durante o processo de produção. De acordo com Maria Isabel Silva, fundadora da Alma Catarina e oceanógrafa, o foco é reduzir o impacto ambiental de diversas formas.

“Assim como a Voz dos Oceanos, que visa conscientizar a população sobre a proteção dos mares e oceanos, toda a cadeia de produção da coleção foi elaborada para gerar um menor impacto ambiental”, explica Maria Isabel. Para cada produto vendido pela Alma Catarina, 10% do custo é destinado ao Instituto Voz dos Oceanos, apoiando suas iniciativas e projetos.

Vista aérea do veleiro Kat da Família Schurmann, utilizado para expedições
Vista aérea do veleiro Kat. Direitos autorais: Voz dos Oceanos – Família Schurmann licenciado para a Galeria DNS

A Alma Catarina se uniu à Marulho Produtos Criativos (@marulhoeco), de Ilha Grande (RJ), para oferecer embalagens feitas de redes de pesca descartadas, que são confeccionadas por pescadores locais. Essa colaboração gera renda e ajuda a evitar que essas redes se tornem lixo plástico nos oceanos.

Mutirão recolhe mais de 140kg de lixo no Paraná

Um exemplo das ações promovidas pela Voz dos Oceanos é um recente mutirão de limpeza realizado em parceria com a fabricante de papel cartão Ibema e a ONG Eco Local Brasil, na praia de Pontal do Sul, situada em Pontal do Paraná. Com a participação de cerca de 35 voluntários, foram coletados mais de 140 quilos de lixo, a maior parte plásticos, em apenas meia hora de atividade.

Mutirão de limpeza organizado pela Ibema e Voz dos Oceanos, recolhendo lixo em praia
Mutirão de limpeza de praia realizado pela Ibema, ONG Eco Local Brasil e Voz dos Oceanos. Foto: Ibema

Anualmente, o Brasil consome cerca de 11 milhões de toneladas de plástico. Infelizmente, dados da WWF e do Banco Mundial apontam que apenas 1,2% desse total é reciclado. Uma quantidade considerável desse plástico se refere aos chamados “plásticos de uso único”, como copos, embalagens e canudos descartáveis.

“O plástico é o material que mais encontramos em nossas expedições. E não é apenas a costa brasileira que enfrenta esse problema. Nos Estados Unidos, no Pacífico, em Fiji, ilhas menores estão completamente tomadas por lixo plástico. Isso é uma questão global”, alerta o capitão Vilfredo Schurmann.

Microplásticos: perigo invisível

Ainda mais preocupante é o problema dos microplásticos, partículas que medem 5 milímetros ou menos. Vários estudos já detectaram microplásticos nos organismos de diversos animais, incluindo humanos. Embora os efeitos na saúde humana ainda sejam objeto de pesquisa, o cenário não é promissor, dado que esses materiais podem estar associados a doenças como reações alérgicas, diabetes, infertilidade, câncer e até doenças cardíacas.

Expedição terrestre da Família Schurmann da Voz dos Oceanos, analisando microplásticos
Expedição terrestre mapeou a presença de microplásticos em frutos do mar. Foto: Laura Campanella

Recentemente, a expedição da Voz dos Oceanos concluída com apoio da Ibema percorreu a costa brasileira, desde Santa Catarina até o Pará, com o objetivo de coletar amostras de organismos marinhos, como ostras, vieiras e mexilhões. Essas amostras estão sendo analisadas por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) para detectar a presença de microplásticos.

Além de oferecer um diagnóstico sobre a contaminação marinha por microplásticos, a pesquisa pretende abordar a crescente preocupação sobre a segurança alimentar gerada pela ingestão de frutos do mar contaminados.


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