Vagas em energia limpa subiram 18% em 2023

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Crescimento de empregos em energia renovável no mundo em 2023
Foto: Newpowa | Unsplash

No ano de 2023, o aumento no número de empregos na área de energias renováveis alcançou recordes históricos. De acordo com o relatório anual “Energia Renovável e Empregos” elaborado pela Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA) em colaboração com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o total de postos de trabalho saltou de 13,7 milhões em 2022 para 16,2 milhões.

Esse crescimento de 18% em 2023 em relação ao ano anterior reflete não apenas a expansão das capacidades de geração de energia renovável, mas também o aumento significativo na produção de equipamentos relacionados a essa área.

Empregos na área de energias renováveis em 2023
Foto: Bill Mead | Unsplash

Uma análise mais aprofundada dos dados do relatório revela, entretanto, uma desigualdade global evidente. Aproximadamente dois terços da nova capacidade instalada de energia solar e eólica ocorreu exclusivamente na China no ano anterior.

A China se destaca como líder mundial, com uma estimativa de 7,4 milhões de postos de trabalho na área de energia renovável, correspondendo a 46% do total global. Em seguida, a União Europeia contabiliza 1,8 milhão de empregos, seguida pelo Brasil com 1,56 milhão, e tanto os Estados Unidos quanto a Índia possuem aproximadamente 1 milhão de empregos.

Destaques entre renováveis

Continuando a tendência verificada nos últimos anos, o setor de energia solar fotovoltaica foi o principal responsável pelo impulso no crescimento, com a geração de 7,2 milhões de empregos globalmente. Destes, 4,6 milhões de postos estão localizados na China, que permanece como o maior fabricante e instalador na área de energia fotovoltaica. O expressivo investimento chinês posicionou o Sudeste Asiático como um polo significativo para a exportação desse tipo de energia, gerando empregos na região.

Expansão da energia renovável no Brasil
Foto: Jimmy Nilsson Masth | Unsplash

Os biocombustíveis líquidos também revelaram um elevado número de empregos, ocupando a segunda posição, enquanto a energia hidrelétrica e a energia eólica vêm logo em seguida. O Brasil se destaca entre os países que mais geram empregos no setor de biocombustíveis, com a responsabilidade por um terço dos 2,8 milhões de postos de trabalho globais nesta área. O aumento na produção de biocombustíveis alçou a Indonésia ao segundo lugar, detendo um quarto dos empregos globais desse setor.

Campanha de biocombustíveis e etanol no Brasil
Foto: PIxabay

Em contrapartida, a energia hidrelétrica enfrentou uma desaceleração em seu crescimento, resultando em uma diminuição no número de empregos diretos, que caiu de 2,5 milhões em 2022 para 2,3 milhões em 2023. Os principais empregadores nesse setor incluem países como China, Índia, Brasil, Vietnã e Paquistão.

No segmento eólico, a China e a Europa mantêm posições dominantes. Essas regiões, ao liderar a fabricação e instalação de turbinas eólicas, foram responsáveis por 52% e 21% do total global de 1,5 milhão de postos de trabalho, respectivamente.

Muitos recursos, poucos investimentos

Embora a África disponha de um vasto potencial em recursos naturais, a região ainda capta apenas uma pequena fração dos investimentos globais em energias renováveis, resultando em cerca de 324 mil empregos em 2023. Para áreas que necessitam de acesso confiável e sustentável à energia, como a África, com destaque para regiões remotas, soluções de energia renovável descentralizada (DRE) – sistemas autônomos que operam fora das redes convencionais – poderão preencher essa lacuna de acesso, gerando também empregos. Além disso, a remoção de barreiras para que as mulheres possam lançar iniciativas empreendedoras em DRE pode impulsionar esse setor, promovendo melhorias econômicas locais e equidade energética.

Complexo Eólico Cutia no Brasil
Complexo Eólico Cutia, localizado no litoral do Rio Grande do Norte. | Foto: Divulgação | Copel

Francesco La Camera, Diretor Geral da IRENA, destacou que “a narrativa da transição energética e seus benefícios socioeconômicos não deve se restringir a uma ou duas regiões. Se desejamos cumprir o compromisso coletivo de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030, é indispensável que o mundo intensifique os esforços para apoiar as regiões marginalizadas na superação das barreiras que dificultam o progresso em suas transições”. Ele enfatizou a necessidade de fortalecer a colaboração internacional para mobilizar mais recursos financeiros para países que ainda não experimentaram os benefícios da criação de empregos na área de energias renováveis.

Caminho a seguir

Para atender a crescente demanda gerada pelas transições energéticas, a IRENA sugere que as políticas adotadas favoreçam a diversidade da força de trabalho e a igualdade de gênero. Com as mulheres representando apenas 32% da força de trabalho total no setor de energias renováveis, esse grupo ainda enfrenta uma participação desigual, mesmo com o aumento no número de empregos. Portanto, a educação e a capacitação precisam proporcionar diversas oportunidades de emprego para mulheres, jovens e integrantes de grupos minoritários e desfavorecidos.

Energia solar em Togo
Foto: Lar Bolands

Gilbert F. Houngbo, Diretor-Geral da OIT, complementou que “o investimento em educação, habilidades e treinamentos é crucial para requalificar trabalhadores dos setores de combustíveis fósseis, enfrentar desigualdades de gênero e outros desafios, além de preparar a força de trabalho para novas funções no setor de energia limpa”. Ele concluiu afirmando que isso é fundamental para equipar os trabalhadores com o conhecimento e as habilidades necessárias para conseguir empregos dignos e assegurar que a transição energética ocorra de maneira justa e sustentável, conforme exigido pelo Acordo de Paris.

O relatório completo, que pode ser acessado em inglês, está disponível aqui.

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Fonte: Guia Região dos Lagos

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