Ejeção de Massa Coronal é Capturada por Sonda Espacial e Quase Alcança a Terra
Uma ejeção de massa coronal (CME), fenômeno solar composto por partículas carregadas capaz de atingir velocidades de até 3 mil quilômetros por segundo, foi flagrada pela sonda espacial Aditya-L1 no dia 16 de julho de 2024. O evento ocorreu às 10h08, horário de Brasília, na porção oeste do Sol e foi observado por meio do Coronógrafo de Linha de Emissão Visível (VELC), equipamento que permite a análise detalhada da interação entre luz e matéria.
Detalhes da Ejeção Solar
A CME, que pode pesar até um trilhão de quilos, foi inicialmente direcionada para a Terra. No entanto, dentro de apenas trinta minutos, sua trajetória foi desviada, seguindo em uma direção oposta, para trás do Sol, o que evitou qualquer impacto significativo em nosso planeta. R. Ramesh, principal autor do estudo, comentou que, se a “bola de fogo” solar tivesse mantido seu curso original, poderia ter atingido a Terra em apenas 15 horas, ao percorrer a distância de 150 milhões de quilômetros que nos separa do Sol.
Impacto de Fenômenos Solares na Terra
Eventos solares como a CME podem causar efeitos significativos no clima espacial e, consequentemente, na Terra. Tempestades solares têm o potencial de interferir no funcionamento dos satélites em órbita, que são cruciais para comunicações, meteorologia e navegação. Embora não representem uma ameaça direta à vida humana, esses fenômenos podem desestabilizar redes elétricas e sistemas de comunicação.
Um caso notável ocorreu em maio, quando uma erupção da mancha solar denominada AR4087 interrompeu sinais de rádio em diversas regiões globais, sendo classificada como a explosão solar mais intensa de 2025. Segundo especialistas, tais eventos evidenciam a importância de se monitorar continuamente a atividade solar para mitigar possíveis impactos em infraestruturas terrestres.
A Importância do Monitoramento Solar
Para entender melhor os efeitos dos fenômenos solares, a sonda Aditya-L1 desempenha um papel crucial. Equipado com tecnologia de ponta como o VELC, o satélite realiza observações simultâneas de imagem e espectroscopia, técnicas que proporcionam uma visão mais detalhada das explosões solares e suas potenciais consequências.
O monitoramento contínuo do Sol é essencial não apenas para a proteção de satélites e sistemas em operação no espaço, mas também para a prevenção de colapsos em infraestruturas críticas na Terra. Avançar no entendimento desses fenômenos naturais ajuda a desenvolver métodos eficazes para reduzir o impacto de futuras tempestades solares.
Preparação para Eventos Futuros
A ocorrência de ejeções de massa coronal e outras atividades solares intensas aumenta a necessidade de planejamento e preparação. Instituições científicas ao redor do mundo, juntamente com agências espaciais, trabalham para aprimorar modelos de previsão do clima espacial e fortalecer a resiliência das tecnologias que dependem de sistemas elétricos e de comunicação.
Em conclusão, eventos como o observado pela sonda em julho de 2024 ressaltam a importância de continuar investindo em pesquisa e monitoramento solar. A capacidade de prever e mitigar os efeitos adversos das explosões solares é vital para proteger as infraestruturas globais e garantir a estabilidade das comunicações na Terra.
Fonte da Notícia: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2025/06/20/aditya-l1-missao-india-explosao-solar.htm