Fenômenos Solares Podem Influenciar a Inatividade dos Satélites Starlink
Atualmente, o aumento na atividade solar tem gerado impactos significativos na operação de satélites em órbita terrestre. Durante períodos de máxima solar, especialistas preveem que satélites possam ter sua vida útil reduzida em até dez dias, devido ao incremento na reentrada na atmosfera. As informações foram divulgadas por pesquisadores que acompanham os lançamentos recentes de satélites, principalmente os da Starlink, a constelação de satélites que fornece internet do espaço.
Expansão e Desafios da Starlink
A Starlink, iniciativa da empresa de Elon Musk, já conta com mais de 7 mil satélites em órbita, sendo uma das principais responsáveis pelo aumento no número de satélites ao redor da Terra. A empresa realiza lançamentos semanais e tem planos ambiciosos de expandir essa constelação para 30 mil satélites nos próximos anos. No entanto, essa expansão não vem sem desafios.
O massivo aumento no número de satélites tem levado a uma situação inédita na história da exploração espacial: o fenômeno de múltiplos satélites reentrando na atmosfera simultaneamente. De acordo com especialistas, entre 2020 e 2024, já foram rastreados 523 satélites da Starlink reentrando e se desintegrando ao entrar em contato com a atmosfera terrestre. “Em alguns anos, poderemos ver satélites reentrando todos os dias”, afirma Oliveira, um dos pesquisadores envolvidos no monitoramento.
Impactos dos Efeitos Solares
Os efeitos solares, embora possam encurtar a vida útil dos satélites, também apresentam algumas vantagens para as empresas que os operam. Sean Elvidge, da Universidade de Birmingham, destaca que esses efeitos aceleram o processo de remoção de satélites inativos, que poderiam causar danos a aqueles ainda em funcionamento. Porém, esse mesmo fenômeno pode complicar a operação de satélites que ficam abaixo de 400 quilômetros, levantando desafios para as operadoras.
Outro ponto de preocupação é a possibilidade de que o aumento na velocidade de reentrada dos satélites possa fazer com que eles não se desintegrem completamente na atmosfera, como planeado. Isso poderia representar riscos adicionais, tanto para outras operações espaciais quanto para a segurança na Terra.
O Futuro da Exploração Espacial
Com o horizonte de lançamentos cada vez mais próximos e frequentes, a comunidade científica e as empresas operadoras de satélites estão atentas aos desafios e oportunidades que os fenômenos solares apresentam. A observação contínua e o desenvolvimento de tecnologias que consigam mitigar os impactos negativos são fundamentais para assegurar a sustentabilidade das operações espaciais.
A corrida por uma internet global e acessível por meio de satélites como os da Starlink está apenas no início, mas os desafios impostos pelas condições espaciais demonstram a complexidade e a necessidade de planejamento cuidadoso em cada etapa. A resposta a esses desafios determinará o rumo da exploração espacial nos próximos anos.
Fonte da Notícia: [Guia Região dos Lagos](https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/estado/2025/05/28/sol-esta-estragando-satelites-de-internet-de-elon-musk-diz-nasa.htm)
