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Livro Infantil Ilustra a Ciência Através de Sapos Protagonistas
Com a súbita redução das moscas no pântano, os Sapos Falantes se mobilizam para entender o ocorrido e tentam descobrir maneiras de devolver essas deliciosas moscas ao seu habitat. As ‘Festas da Lua Nova’ se tornam eventos críticos para investigar as questões do pântano, mesmo quando a situação parece terrível, descrita como “indo para a seca”. Com auxílio do Sapo Ancião e de outros sapos como o Geográfico, Observador e Desenhador, o grupo encontra diferentes maneiras de praticar ciência. Esse é o enredo do livro infantojuvenil intitulado Sapiência: A Surpreendente História de como os Sapos Falantes Descobriram a Ciência.
A publicação é apoiada pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP e é de autoria do biólogo Carlos Navas, que realiza pesquisas sobre a evolução de anfíbios, répteis e insetos da fauna brasileira no Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências da USP.
“Os anos que dediquei ao projeto Sapiência contaram com significativo apoio, tanto direto quanto indireto”, destaca o autor, expressando gratidão à USP pela valorização da extensão universitária, que leva a ciência a públicos não acadêmicos. Com ilustrações de Hamilton Ferpa e Rebeka Balsalobre, a obra oferece uma narrativa que expõe os bastidores da prática científica.
A professora Débora Foguel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no prefácio do livro, comenta que a obra propõe de maneira lúdica e com exemplos pertinentes, o processo de fazer ciência. “Os personagens, que são sapões, atravessam todas as etapas que um cientista enfrenta em seu cotidiano, em seu laboratório”, explica. A questão que desencadeia a narrativa é simples, mas crucial para a comunidade sapo: por que as mosquinhas que os nutrem estão desaparecendo?
A partir dessa indagação, o autor relata como os sapinhos do pântano se organizam coletivamente para planejar estratégias que ajudem a identificar a causa da diminuição das moscas. Para isso, é necessário realizar mapeamentos detalhados do brejo, definir estratégias de contagem e coletar dados com precisão, criar gráficos e tabelas que documentem as observações feitas, visando estruturar análises e conclusões que possam guiar ações concretas e embasadas em prol da sobrevivência da espécie, conforme explica a professora. “Neste processo, muitas descobertas encantadoras surgem”, ressalta, sugerindo que o livro pode ser utilizado como um projeto pedagógico nas escolas, dado seu caráter interdisciplinar que abrange conteúdos de geografia, matemática, biologia e português.
Ao longo da narrativa, os sapos aprendem lições valiosas sobre a colaboração. “Nenhum dos sapos que se tornaram cientistas, mesmo sem saber, era um gênio. Cada um tinha sua curiosidade ou um problema para resolver. Havia aqueles que se destacavam em alguma área e outros que superavam a dificuldade em outros aspectos. Juntos, demonstraram persistência, criatividade e engenhosidade, apesar de muitas vezes enfrentarem erros e incertezas e terem que recomeçar”, conclui o autor, reafirmando que, por meio deste aprendizado científico, os sapos descobriram não apenas a razão pela qual as moscas estavam desaparecendo, mas também como solucioná-lo. “Agora, eles percebem a importância de entender o mundo ao redor, mesmo na ausência de problemas, e que a curiosidade é uma virtude a ser cultivada!”, acrescenta.
O livro Sapiência: A Surpreendente História de como os Sapos Falantes Descobriram a Ciência (Instituto Edube, 112 páginas), escrito por Carlos Navas, está disponível para download gratuito online. Clique aqui para acessar a versão digital e, caso prefira uma cópia impressa, também pode ser solicitada por meio do referido link.
Fonte: Guia Região dos Lagos
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