Mulheres pescadoras enfrentam desafios e preconceitos no RJ
Irani Sampaio, de 38 anos, é uma pescadora que desafia a realidade predominantemente masculina da pesca em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Nascida em uma família de pescadores, Irani aprendeu a profissão com seu pai e possui muito orgulho de ser pescadora.
A luta por reconhecimento na profissão não foi fácil para Irani e suas irmãs. A mãe delas faleceu sem conseguir obter o registro de pescadora, e suas irmãs acabaram desistindo. No entanto, em 2017, Irani finalmente conquistou sua carteira de pescadora profissional, um símbolo de sua dedicação ao trabalho.
Apesar de enfrentar preconceitos por ser mulher na pesca, Irani persiste na atividade e entrega seus peixes para compradores locais. Ela relata que alguns homens no mar não têm respeito pelas mulheres ou pelos próprios colegas homens, mas isso nunca a abalou. Ela sempre soube que seria uma mulher forte e guerreira, assim como sua mãe a ensinou a ser.
Além dos desafios diários, Irani também se preocupa com a preservação da laguna, que é fundamental para o sustento de muitas famílias. Ela sabe que a educação é essencial para garantir um futuro melhor para seus filhos e espera que eles façam a diferença. Irani quer que seus filhos tenham orgulho dela e de sua mãe, que mesmo sem saber ler e escrever, lhe ensinou a ter sabedoria.
Mulheres como Irani são exemplos de força e superação, mostrando que não há limites para o que as mulheres podem conquistar. Apesar dos desafios e do preconceito, Irani sempre terá orgulho de ser uma mulher pescadora.
Fonte: G1
