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São Pedro da Aldeia: Manifestação em frente ao Fórum critica prisão de jovem de 21 anos

Protesto em frente ao Fórum de São Pedro da Aldeia questiona prisão de jovem de 21 anos — RC24H

Protestos por Liberdade de Jovem Preso em São Pedro da Aldeia

Na tarde desta quinta-feira (24), familiares e amigos de João Paulo das Neves Moret de Souza, um jovem de 21 anos, se reuniram em frente ao Fórum de , com o propósito de pleitear sua liberdade. João Paulo encontra-se detido desde o dia 26 de março. O ato de protesto ocorreu de forma pacífica e visou chamar a atenção para a situação do jovem, cuja prisão é contestada pela família e amigos.

A detenção de João Paulo aconteceu durante uma operação conduzida pela Polícia Militar, que tinha o intuito de localizar suspeitos de um roubo que ocorreu no centro da cidade. A abordagem a João Paulo se deu na Estrada dos Passageiros, nas proximidades de um local conhecido como Casa Flor.

De acordo com a versão apresentada na época do incidente, o jovem estava pilotando uma motocicleta vermelha, que possuía características semelhantes às da moto utilizada no delito. Ao receber a ordem para parar, João Paulo supostamente tentou evadir-se do local, colidindo com duas motocicletas da Polícia Militar durante a fuga.

Como resultado do acidente, um dos agentes da polícia sofreu uma fratura no pé e necessitou de atendimento médico imediato. Após a abordagem, João Paulo foi autuado por diversos crimes, incluindo adulteração de sinal identificador de veículo, receptação, resistência à prisão e lesão corporal. A motocicleta que ele estava pilotando foi apreendida durante o processo.

A família de João Paulo alega que ele foi confundido com um dos reais suspeitos do roubo e critica a forma como a abordagem foi realizada, descrevendo-a como violenta. Relatos dos parentes indicam que o jovem foi derrubado no chão, agredido e levado sem que sua identidade fosse verificada de maneira apropriada. Além disso, afirmam que a motocicleta em questão foi adquirida legalmente no dia 24 de maio de 2024 e que o registro de roubo do veículo foi feito apenas em 11 de setembro, quatro meses após a compra. Os familiares sustentam que João Paulo não tinha conhecimento sobre a origem irregular da moto.

Os parentes e amigos do jovem ressaltam ainda que João Paulo não possui antecedentes criminais e que trabalha como mecânico em uma oficina na garagem do pai. Nos períodos noturnos, ele complementa a renda familiar vendendo doces nas ruas.

Posicionamento da Polícia Militar

A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM) emitiu uma nota, afirmando que, segundo informações do comando do 25º BPM de Cabo Frio, João Paulo estava pilotando uma motocicleta que apresentava características de um veículo que havia sido roubado recentemente. Após a abordagem e a verificação da situação do jovem, foi constatado que ele não era o suspeito do crime, mas que a moto que ele conduzia estava registrada como roubada em Minas Gerais. A corporação também afirmou que João Paulo tentou fugir da equipe policial e resistiu à abordagem, o que levou à utilização de força necessária para sua condução à delegacia.

A situação levantou uma série de questionamentos, tanto sobre os procedimentos adotados pela Polícia Militar durante a abordagem quanto sobre a repercussão do caso na comunidade. A defesa de João Paulo clama pela reavaliação da detenção, uma vez que acreditam que a abordagem poderia ter sido conduzida com mais cautela, prevenindo a escalada de violência. A liberdade do jovem é uma questão que continua mobilizando amigos e família, que se mantêm firmes em sua luta pelo reconhecimento de sua inocência.

O evento de protesto em frente ao Fórum não apenas busca sensibilizar as autoridades sobre o caso, mas também é uma chamada à consciência pública, exemplificando as implicações que podem ocorrer com a abordagem policial inadequada. A expectativa é que este caso ajude a promover um debate mais amplo sobre a atuação das forças de segurança e a dignidade dos indivíduos no processo de abordagem.

As vozes que se levantam em defesa de João Paulo refletem um apelo por justiça e um reexame das práticas de segurança pública, que muitas vezes são questionadas por serem feitas de maneira insensível e à margem dos direitos dos cidadãos. A história de João Paulo poderia ser um alerta para a necessidade de uma abordagem mais humana e criteriosa nas operações policiais, onde a presunção de inocência deve prevalecer até que se prove o contrário.

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Foto de Editorial GRDL

Editorial GRDL

Editorial do Guia Região dos Lagos

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