Rio de Janeiro receberá prêmio ambiental idealizado pelo príncipe William
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Rio de Janeiro será a sede do Prêmio Earthshot em 2025

Em um marco significativo para as questões ambientais, a América do Sul receberá o Prêmio Earthshot pela primeira vez, uma das mais reconhecidas premiações voltadas para a proteção do meio ambiente global. Esta informação foi divulgada em uma cerimônia realizada na sexta-feira, dia 4, pelo Príncipe William, que é o criador da premiação. A cidade escolhida para acolher a edição de 2025 é o Rio de Janeiro, que será o palco do evento em novembro daquele ano.
Para celebrar essa escolha, seis locais emblemáticos da cidade carioca foram iluminados com a cor verde na noite do dia 4 de abril. Os locais que receberam a homenagem foram o Museu do Amanhã, os Arcos da Lapa, a Cidade das Artes, o Terminal Gentileza, a Igreja da Penha e o Museu de Arte Moderna (MAM).
O Prêmio Earthshot foi fundado pelo Príncipe William em 2020 e tem como objetivo primordial reconhecer e apoiar soluções inovadoras que abordem os mais críticos desafios ambientais enfrentados pelo mundo. Todos os anos, a premiação concede cinco prêmios de £1 milhão (aproximadamente R$ 7,3 milhões) a iniciativas que atuam em áreas como preservação da natureza, melhoria da qualidade do ar, proteção dos oceanos, gestão de resíduos e mudanças climáticas.

Em uma declaração oficial, o príncipe William enfatizou o significado simbólico e estratégico de trazer o prêmio para o Brasil, observando que 2025 marcará cinco anos do prêmio. Ele afirmou: “A cada ano, celebramos o incrível poder da criatividade humana para enfrentar as questões mais prementes que o nosso planeta enfrenta. Trazer o Earthshot para o Brasil, um país repleto de biodiversidade e inovações ambientais, estimula novas ideias sobre formas mais sustentáveis e seguras de viver. É uma honra reconhecer aqueles que estão dedicados a tornar o mundo um lugar melhor para as futuras gerações”.
Esse evento coincidira com a realização da COP30, conferência anual da ONU sobre mudanças climáticas, que acontecerá em Belém, no Pará, também em novembro de 2025.
Os organizadores sublinham que o intuito do Earthshot é homenagear “as pessoas que transformam ideias inovadoras em soluções concretas para restabelecer nosso planeta”. Desde sua criação, a premiação já identificou mais de 5,3 mil inovações ambientais emergentes em 141 países, premiou 60 líderes em ações ambientais através de seu programa de concessão de bolsas e alocou mais de £20 milhões (cerca de R$ 147 milhões) para expandir o impacto das soluções vencedoras.
Um destaque entre as iniciativas premiadas no ano anterior foi a Amazon Sacred Headwaters Alliance (ASHA), que reúne comunidades indígenas do Equador e do Peru com o propósito de proteger 86 milhões de acres de floresta amazônica e promover uma bioeconomia regenerativa que beneficia suas comunidades.
No anúncio oficial feito pelo Príncipe William nas redes sociais do prêmio, ele destacou a relevância do Brasil na agenda ambiental global. “O Brasil realmente representa onde precisamos ir com o prêmio. A cultura brasileira e a realização da COP30 aqui são indicativas disso. Precisamos de otimismo urgentemente e, mais do que nunca, o Brasil encapsula isso”, afirmou.
Com o Rio de Janeiro sendo a cidade designada para sediar o Earthshot em 2025, a expectativa é que o evento se torne um marco tanto para o Brasil quanto para a luta global em prol do meio ambiente, reunindo em solo brasileiro investidores, filantropos, líderes em questões ambientais e inovadores de diversas partes do mundo.