Defesa de Professor em Búzios Apresenta Novos Documentos e Questiona Acusações
A comunidade de Armação dos Búzios, na Região dos Lagos, está em alvoroço após a defesa do professor L. C. dos Santos, da rede municipal, divulgar documentos nesta segunda-feira (7) que desafiam a narrativa oficial apresentada pela polícia em um caso que envolve acusações graves de abuso sexual. O educador foi detido na última quarta-feira (2) por agentes da 127ª Delegacia de Polícia, sob suspeita de estupro de vulnerável contra quatro crianças menores de sete anos.
Controvérsias no Caso
O advogado responsável pelo caso, Carlos Vinícius, alegou que existem falhas significativas no inquérito policial. Entre as inconsistências apontadas, está a discrepância na contagem das famílias envolvidas na denúncia. Segundo ele, embora a acusação aponte para quatro famílias, apenas três núcleos familiares registraram queixas — sendo que uma das mães é responsável por gêmeos, contabilizados separadamente.
Outro ponto levantado pela defesa refere-se ao histórico de uma das mães denunciantes, que já teria feito acusações similares contra outro aluno da escola. Este fator, argumenta o advogado, deveria ter sido devidamente considerado pelas autoridades antes de decretarem a prisão do professor.
Dúvidas sobre a Acusação
Além das questões mencionadas, a defesa destaca que uma das crianças envolvidas teve contato com o professor em apenas duas ocasiões durante o primeiro semestre deste ano, o que, segundo registros da Secretaria Municipal de Educação, levanta dúvidas sobre a viabilidade da acusação, dada a escassa convivência relatada.
Ainda de acordo com a defesa, a mãe dos gêmeos, que possui nacionalidade estrangeira, não forneceu laudos médicos, depoimentos ou registros formais que sustentem as acusações, além de não constar nenhuma queixa na escola ao longo do ano letivo.
Situação do Professor e Reação da Comunidade
O advogado também contestou a versão da 127ª DP sobre a suposta fuga do professor. Segundo ele, o educador foi preso em sua residência oficial, devidamente registrada em documentos públicos, sem apresentar resistência ou indícios de tentar eludir a ação policial.
O caso gerou forte mobilização da comunidade escolar de Búzios. Colegas de trabalho do professor manifestaram apoio, ressaltando sua ética profissional e argumentando que a prisão ocorreu de forma apressada, sustentada em depoimentos frágeis e carecendo de provas materiais contundentes.
Próximos Passos e Expectativas
A Secretaria Municipal de Educação ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A defesa do professor planeja protocolar os documentos contestadores nos próximos dias, com esperança de que a Justiça reavalie a detenção temporária à luz dos novos dados apresentados.
Com o clima de apreensão e divisão na cidade, a expectativa é que o desenrolar dos fatos traga maior clareza e justiça ao caso, que segue sob os olhares atentos dos moradores de Búzios e da Região dos Lagos.
Fonte da Notícia: Plantão Guia Região dos Lagos
