Quatro políticas mundiais podem reduzir 91% dos resíduos plásticos

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Propostas para Enfrentar a Poluição Plástica

Protesto contra poluição plástica
Instalação do artivista Mundano enfatiza os problemas causados pelo uso de plásticos descartáveis. Foto: @brunaaraujods

Como podemos combater eficazmente a poluição plástica? Esta questão se tornou uma das mais críticas para garantir um futuro sustentável não apenas para os seres humanos, mas também para todas as formas de vida com quem dividimos o planeta. Para encontrar soluções, pesquisadores da Universidade da Califórnia uniram esforços e desenvolveram uma conclusão que pode ser considerada direta.

Com a adoção de apenas quatro políticas globais, é possível reduzir em até 91% a quantidade de resíduos plásticos que não são devidamente reciclados ou descartados, contribuindo assim para a poluição ambiental. Além de lidar com esses resíduos, a implementação dessas diretrizes também ajudaria a diminuir as emissões de gases de efeito estufa associados ao plástico em cerca de um terço.

O estudo foi publicado em novembro de 2024 e se fundamenta em um modelo inovador que utiliza inteligência artificial. Esse recurso combina dados relacionados ao crescimento populacional e às tendências econômicas para prever a produção, poluição e comércio de plásticos no futuro. Esta abordagem oferece ferramentas práticas aos líderes políticos, permitindo que ajustem suas estratégias de gestão conforme as necessidades específicas de seus países.

Escultura feita com plástico reciclado
Obra representativa em frente ao espaço de negociação para um tratado global contra a poluição plástica. Foto: Mitchell Beer

Quatro Políticas Necessárias contra a Poluição Plástica

  1. Exigir que novos itens sejam produzidos utilizando 40% de plástico reciclado pós-consumo. Tal estratégia promove a reutilização de materiais já existentes, diminuindo a dependência de novas matérias-primas e, consequentemente, a geração de resíduos.
  2. Impor limites à produção de plásticos novos, restringindo-a aos níveis de 2020. Esta ação busca desacelerar a produção de plásticos descartáveis e estimular a inovação em alternativas mais sustentáveis.
  3. Fazer investimentos robustos na gestão de resíduos plásticos. Isso inclui melhorias nos sistemas de coleta e a construção de infraestrutura moderna, como aterros sanitários seguros.
  4. Implementar um pequeno imposto sobre embalagens plásticas. Este incentivo financeiro pode motivar uma redução no uso de plásticos descartáveis e proporcionar suporte a iniciativas de reciclagem.

A adesão a essas recomendações poderia reduzir as emissões de gases de efeito estufa a um nível equivalente ao que se conseguiria retirando de circulação 300 milhões de veículos movidos a gasolina durante um ano.

Garrafas plásticas descartadas
Imagens de garrafas plásticas descartadas. Foto: Killari Hotaru no Unsplash

Consequências da Inação

Na ausência de iniciativas concretas, o consumo anual de plástico poderá crescer 37% entre 2020 e 2050, resultando em uma quase duplicação da poluição plástica nesse período. Além disso, as emissões de gases de efeito estufa associadas ao plástico poderiam alcançar 3,35 gigatoneladas de CO2 equivalente até 2050, o que equivale ao funcionamento anual de quase 9 mil usinas de energia elétrica a gás natural ou ao consumo de energia de mais de 436 milhões de residências.

A Dra. Nivedita Biyani, pesquisadora no Laboratório de Ciências Oceânicas Benioff, expressou otimismo em relação a um futuro sustentável: “Este estudo demonstra que podemos alcançar níveis aceitáveis de resíduos plásticos mal geridos caso atuemos coletivamente. A transparência em toda a cadeia produtiva, desde sua fabricação até a comercialização, será um componente vital nesse processo”.


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