Quando a liderança transforma situações difíceis

Projeto Jovens Caminhos

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Educação transformadora: o impacto do Projeto Jovens Caminhos

Projeto Jovens Caminhos
Foto: Facebook | Projeto Jovens Caminhos

Reconhecido internacionalmente por suas contribuições à educação, Paulo Freire era um defensor do papel ativo do aluno no processo de aprendizado. Ele criticava o modelo tradicional de ensino, denominado por ele “educação bancária”, onde o educador simplesmente transfere conhecimento para os alunos de maneira passiva. Em contrapartida, Freire sugeriu uma “educação problematizadora”, na qual os educandos são estimulados a questionar, refletir e participar ativamente de seu próprio aprendizado.

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou sua construção” – Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia, 1996.

Esse princípio fundamental é a base do Projeto Jovens Caminhos, que defende a educação como um ato de liberdade e uma ferramenta de transformação social. Durante as aulas, nos trabalhos de campo e nas interações entre alunos e professores, tanto jovens quanto adultos são considerados agentes ativos, capacitados a mudar a realidade que os cerca.

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Foto: Facebook | Projeto Jovens Caminhos

Os cursos de Arte-Educação e Grafite e Programação e Criação de Sites oferecidos pelo Projeto Jovens Caminhos são frutos de uma colaboração entre o Instituto Gea e a Petrobras. Os cursos de Tecnologia da Informação, em estreita colaboração com o LASSU – Laboratório de Sustentabilidade da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, proporcionam um ambiente acolhedor. Nessa atmosfera, os jovens são incentivados a aprender e também a cometer erros, entendendo que falhar faz parte do processo de aprendizado.

Um aspecto relevante é que os educadores disponibilizam todos os materiais e exercícios em plataformas acessíveis. Dessa forma, o projeto encoraja os alunos a irem além do que é ensinado em sala de aula, permitindo que eles construam suas próprias jornadas de aprendizado.

Outra educadora brasileira de destaque, Maria da Graça Nicoletti Mizukami, enfatiza o valor do protagonismo discente, ressaltando que o papel do professor deve ser o de facilitar o aprendizado, respeitando a individualidade dos alunos e suas emoções. Os alunos são reconhecidos como participantes ativos no processo de aprendizagem, desenvolvendo e criando conhecimento a partir de suas experiências e interações com o ambiente.

Isabelle Alves da Silva, de 18 anos e residente no Parque São Rafael, em São Paulo, compartilha seu depoimento sobre a confiança e autonomia que conquistou ao participar do curso de Programação e Criação de Sites do Projeto Jovens Caminhos. Atualmente, ela está fazendo parte do programa Paideia, uma especialização gratuita oferecida pelo parceiro LASSU.

“O curso do Jovens Caminhos ampliou minha visão sobre Tecnologia, mostrando que não é tão complicado; é preciso paciência e perseverança. Foi uma experiência incrível para mim! Eu não sabia nada sobre programação. O que eu mais gostei foram as aulas práticas, envolvendo cálculo e teste de código”, revelou Isabelle ao portal do Instituto Gea.

Ela completou: “Com o curso do Paideia, pretendo entrar firme no mercado de trabalho e aprender mais sobre linguagem Python. Terminei o ensino médio e agora meu próximo passo é a faculdade, focando em ADS (Análise e Desenvolvimento de Sistemas). Acredito que é uma excelente opção para quem está começando.”

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Foto: Facebook | Projeto Jovens Caminhos

Apoio integral e acesso facilitado

Sem dúvida, as fortalezas do Projeto Jovens Caminhos não se resumem apenas à disponibilização de exercícios e leituras, mas também ao fácil acesso aos professores e ao suporte oferecido pela monitoria aos alunos.

A literatura educacional oferece inúmeras maneiras de fomentar o protagonismo discente na aprendizagem. Entretanto, algumas abordagens estão mais alinhadas com os objetivos do Projeto Jovens Caminhos, sendo as Metodologias Ativas uma delas. Esse princípio coloca os estudantes no centro do processo de ensino, incentivando-os a pesquisar, discutir e apresentar soluções para problemas reais.

“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo; os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 1987.

Colocar os alunos como protagonistas em sala de aula envolve a utilização de diversas estratégias que favorecem uma participação mais ativa e sua autonomia. Outra metodologia ativa que o Jovens Caminhos usa amplamente é a criação de Ambientes Flexíveis, que vão além da sala de aula tradicional, utilizando áreas externas, laboratórios e atividades práticas em campo.

Um exemplo prático disso foram as visitas ao Centro de Reciclagem do LASSU na USP, onde os alunos aprenderam sobre a importância da conscientização coletiva em relação ao reaproveitamento de materiais e à destinação correta de resíduos eletroeletrônicos. Lições de cidadania também foram abordadas em atividades culturais, como as visitas ao Beco do Batman e ao Instituto Tomie Otake, na capital paulista.

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Foto: Facebook | Projeto Jovens Caminhos

Enfrentando desafios com coragem

A educadora Maria da Graça Mizukami, entre as diversas vertentes educacionais, promove uma abordagem humanista, valorizando a expressão pessoal e as relações interpessoais, além de uma abordagem cognitivista que se concentra nos processos mentais e na capacidade do aluno de assimilar e processar informações.

Visando enfrentar as limitações que muitos alunos sentem ao adentrar em áreas desconhecidas, o Projeto Jovens Caminhos implementou técnicas específicas para auxiliar nessa jornada. É fundamental desconstruir padrões de pensamento que geram insegurança e transformar cada estudante no verdadeiro responsável por sua aprendizagem.

Um exemplo notável vem de ex-alunos do curso de Arte-Educação e Grafite, Vinicius Nascimento e Júlia Venture Reis, que, enquanto ainda estavam em formação, conquistaram um contrato para pintar um mural de 17 metros em uma loja de fantasias próximo ao Parque Regional de Santo André, na Grande São Paulo.

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Foto: Facebook | Projeto Jovens Caminhos

Esse contrato trouxe grande alegria e esperança a Júlia Reis, que desejava seguir com intervenções artísticas em grafite, visto que até então se dedicava mais a artes digitais e pintura em paredes. “Estava procurando um curso para me especializar mais em desenhos em paredes que já fazia, mas não tinha experiência prática na área do grafite. A melhor experiência foi poder ir para o muro, pois eu já tinha familiaridade com tinta e pincel, mas nunca havia trabalhado com spray”, comemorou Júlia.

Com 22 anos, Júlia já se encontrava no quarto período do curso de Licenciatura em Artes Visuais no Centro Universitário Católico Ítalo-brasileiro em Santo Amaro, onde reside. Sua meta é se especializar ao máximo no universo artístico, tanto para expandir seus conhecimentos quanto para atuar como educadora.

“Me apaixonei pelo ensino de Arte-Educação. Estou sempre em busca de me especializar e aprender sobre várias técnicas, como o grafite, para poder ensinar futuramente. Meu objetivo é ser professora de arte e garantir uma renda fixa enquanto atuo em projetos de arte como uma atividade extra”, conclui Júlia.

Texto adaptado com base nas atividades e impacto do Projeto Jovens Caminhos

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Foto: Facebook | Projeto Jovens Caminhos

Fonte: Guia Região dos Lagos

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