Prefeita Magdala Furtado foca em réveillon milionário enquanto Cabo Frio enfrenta abandono e obras inacabadas: “Será a virada do século”, afirma a prefeita
A prefeita de Cabo Frio, Magdala Furtado, está anunciando com entusiasmo a programação luxuosa para o réveillon e o carnaval da cidade, mas moradores e críticos apontam para uma realidade bem diferente nas ruas. Obras paralisadas, praças abandonadas e a tão prometida revitalização da Orla da Praia do Forte ainda sem data para conclusão são cenários que contrastam fortemente com os investimentos milionários nessas festividades.
A prefeita confirmou a realização de shows e uma grandiosa queima de fogos para as festas de fim de ano, além de priorizar o retorno do desfile das escolas de samba, interrompido desde 2015. No entanto, muitos questionam se os investimentos vultosos nessas festividades são realmente a melhor escolha para uma cidade que enfrenta desafios estruturais significativos.
Cabo Frio, conhecida por sua beleza natural e potencial turístico, vem enfrentando problemas crônicos de infraestrutura. O abandono das obras, os buracos nas ruas e a falta de cuidado com os espaços públicos, como as praças, têm gerado frustração entre os moradores, que veem a cidade padecer de problemas básicos enquanto recursos são destinados para festas.
Um dos exemplos mais emblemáticos dessa negligência é a situação dos galpões da Morada do Samba, entregues recentemente em um evento que contou com a presença da prefeita. Apesar do simbolismo cultural, a necessidade de reforma nos telhados, apontada pelo presidente da liga de samba, ressalta a falta de preocupação com a infraestrutura existente, o que parece ser uma constante na gestão atual.
Muitos moradores expressam sua frustração ao verem as promessas de Magdala Furtado em fazer de Cabo Frio um destino turístico de destaque se chocarem com a realidade vivida pelos cidadãos. Embora a cidade seja rica em potencial turístico, parece estar sendo deixada à margem no que diz respeito a melhorias essenciais e cuidados básicos.
Diante desse cenário, surge um debate crítico sobre as prioridades da administração municipal. Enquanto eventos de grande porte podem trazer visibilidade temporária, muitos argumentam que um investimento mais equilibrado e focado em melhorar a infraestrutura e qualidade de vida dos residentes seria uma estratégia mais sustentável e benéfica a longo prazo para o desenvolvimento da cidade.
Obras paradas e praças abandonadas
Um dos problemas mais urgentes que Cabo Frio enfrenta são as obras paralisadas e as praças abandonadas. Moradores de diversos bairros relatam que há anos estão convivendo com terrenos que deveriam ser espaços de lazer, mas que se transformaram em verdadeiros depósitos de entulho.
O descaso é evidente e causa revolta entre os moradores. Eles alegam que pagam altos impostos e esperam em troca o mínimo de atenção por parte da prefeitura. No entanto, ao se depararem com praças abandonadas e obras inacabadas, sentem-se desamparados e desvalorizados.
Essa situação está afetando diretamente a qualidade de vida dos moradores, que não têm espaços adequados para o convívio social e prática de atividades físicas. Além disso, a falta de manutenção das praças impacta negativamente a imagem da cidade, afastando turistas e prejudicando o setor econômico.
Revitalização da Orla da Praia do Forte
Outra promessa não cumprida pela administração municipal é a revitalização da Orla da Praia do Forte. Esse projeto, que seria um marco na história de Cabo Frio, vem sendo adiado há anos, deixando os moradores cada vez mais descrentes.
A Orla da Praia do Forte é um dos cartões-postais da cidade e deveria receber atenção especial por parte da prefeitura. No entanto, o que se vê atualmente é um abandono completo. O calçadão está danificado, os bares e quiosques estão em estado precário e a falta de iluminação noturna traz insegurança para os frequentadores.
Essa falta de investimento na infraestrutura turística da cidade é um erro estratégico grave. Cabo Frio possui um potencial turístico enorme, mas está perdendo oportunidades de crescimento por não priorizar a valorização dos seus atrativos naturais.
Um novo olhar para o futuro
Diante dessas questões, fica claro que é preciso repensar as prioridades da administração municipal. Ao invés de investir milhões em festas temporárias, é necessário direcionar recursos para resolver os problemas estruturais que afetam a vida dos moradores e a imagem da cidade.
A qualidade de vida da população deve ser a principal preocupação do poder público. Garantir obras de infraestrutura bem executadas, com prazos e orçamentos controlados, é fundamental para criar um ambiente propício ao desenvolvimento sustentável.
Além disso, é preciso investir em políticas de fomento ao turismo, tornando a cidade mais atrativa para os visitantes. Ações para a conservação e revitalização dos espaços públicos, como praças e orla marítima, são essenciais para fortalecer a imagem de Cabo Frio como um destino turístico de qualidade.
A prefeita Magdala Furtado precisa entender que a realização de festas grandiosas pode trazer visibilidade momentânea, mas não resolverá os problemas estruturais da cidade. É hora de repensar a gestão e colocar as necessidades da população em primeiro lugar. Só assim Cabo Frio poderá construir um futuro próspero e sustentável.