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Por que minhas plantas estão ficando amareladas?

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Plantas amareladas com condições de clorose
Embora o cultivo de plantas seja uma atividade considerada relaxante, é importante saber que, ocasionalmente, problemas podem surgir. | Foto: OMAR SABRA | Unsplash

Observar manchas amarelas em um ramo que era vibrante e cheio de frutos é algo que pode angustiar qualquer jardineiro. Embora cultivar plantas geralmente traga uma sensação de relaxamento, isso não implica que dificuldades não possam ocorrer.

A condição que provoca esse tipo de descoloração nas folhas é conhecida como clorose. Esse problema é análogo a uma tosse persistente em seres humanos; é um sinal de que algo não está certo, mas pode ser indicativo de uma ampla variedade de problemas de saúde nas plantas.

Plantas com clorose
O surgimento de manchas amarelas nos ramos pode causar grande preocupação a qualquer jardineiro. | Foto: Samuel Austin | Unsplash

A clorose é um indicativo de que a planta está apresentando uma deficiência de clorofila, o pigmento responsável por absorver a luz solar durante a fotossíntese. Como a clorofila confere a tonalidade verde às folhas, sua ausência faz com que estas apresentem coloração esverdeada pálida, amarelada ou até mesmo um tom branco amarelado.

Como a clorofila desempenha um papel crucial na produção de alimentos das mudas, a clorose pode ser uma ameaça à sobrevivência delas. Se estiver atento aos sinais, você poderá identificar várias variáveis que indicam o desenvolvimento dessa condição e obter informações valiosas. Vamos conferir as principais causas:

Deficiência de Nutrientes

Um dos fatores mais comuns que desencadeiam a clorose é a deficiência de nutrientes. As plantas necessitam de mais de uma dúzia de nutrientes minerais para prosperar, todos os quais devem ser absorvidos pela raiz. Por isso, um teste de solo é fundamental para identificar o que está faltando.

Além disso, a observação das folhas pode oferecer esclarecimentos sobre a questão. As plantas que sofrem deficiência de nutrientes frequentemente apresentam padrões distintos de clorose, como veias verdes cercadas por tecido amarelo, que se manifestam inicialmente em folhas específicas.

Plantas amareladas por deficiência nutricional
Causas da clorose em folhas podem estar ligadas à deficiência de nutrientes. | Foto: Ries Bosch | Unsplash

Certa deficiência faz com que as folhas mais velhas se tornem amarelas primeiro, enquanto outras podem começar a descolorir com o novo crescimento. Isso ocorre porque uma planta pode transferir certos nutrientes de uma folha para outra conforme necessário.

Quando um ramo apresenta níveis baixos de nutrientes móveis, como nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio e níquel, a planta pode deslocar esses nutrientes das folhas mais velhas para sustentar o crescimento das mais novas — pelo menos até que seus recursos se esgotem. Dessa forma, as folhas mais antigas se tornam amarelas enquanto os brotos permanecem verdes.

Por outro lado, nutrientes imóveis, como ferro, cálcio, boro, cobre, manganês e zinco, permanecem fixos nas folhas mais antigas. Se uma planta carecer de ferro, por exemplo, a clorose surgirá nas novas folhas, enquanto as antigas continuarão verdes. Ao identificar o que leva ao amarelecimento, será possível reduzir as possíveis causas aos nutrientes móveis ou imóveis, oferecendo pistas sobre a condição da folhagem.

Folhas amareladas em gramas
As deficiências nutricionais podem ser visualizadas nas folhas amareladas. | Foto: Martin Martz | Unsplash

Deficiências de nitrogênio e potássio surgem primordialmente nas folhas mais velhas, mas enquanto o primeiro se apresenta de forma uniforme na folha e suas nervuras, o segundo geralmente começa pelas bordas e espaços entre as nervuras.

O amarelecimento das brotações novas é uma boa indicação de clorose provocada pela falta de ferro ou cálcio, sendo a carência de ferro caracterizada por apresentar veias verdes em meio a um amarelo uniforme.

Pragas

Por sua vez, as pragas apresentam um padrão assimétrico em comparação aos sintomas descritos anteriormente. Os danos causados por insetos e manchas nas folhas são evidências comuns de infecções fúngicas ou bacterianas nas plantas.

Entretanto, existe uma boa notícia: os danos decorrentes da presença de insetos, que podem conduzir à clorose nas folhas afetadas, podem ser controlados de forma segura através de métodos não tóxicos — como a utilização de ramos repelentes, óleo de nim e pesticidas de origem natural.

Plantas afetadas por doenças
Os danos causados por insetos podem ser controlados por métodos não tóxicos. | Foto: CC0 | Pxhere

Como a água é essencial para a sobrevivência das plantas, muitos jardineiros tendem a exagerar na irrigação, criando assim um ambiente propício ao desenvolvimento de patógenos fúngicos. Existem várias estratégias seguras para contornar essa problemática, como a rotação de culturas e a aplicação de uma solução de bicarbonato de sódio. Contudo, o primeiro passo é monitorar a umidade do solo.

Água e Luz

A falta ou o excesso de água, assim como a exposição inadequada à luz, podem resultar em descoloração das folhas. O excesso de água torna a folhagem mole e flácida, enquanto as folhas das plantas que sofrem desidratação costumam apresentar secura e fragilidade.

Para identificar qual dessas situações pode estar comprometendo suas plantas, verifique se há acúmulo de água na superfície do solo. Alguns tipos de solo têm drenagem lenta, o que pode levar ao afogamento das mudas. Uma solução para isso é cultivá-las em canteiros elevados — uma técnica antiga chamada Hugelkultur — ou adicionar areia ao solo para melhorar a drenagem.

Folhas de plantas afetadas com desidratação
Raízes afetadas e compactadas podem ser uma causa comum de clorose. | Foto: Bernd Dittrich | Unsplash

Além disso, raízes danificadas ou compactadas são outras causas frequentes de clorose. Portanto, é essencial proporcionar espaço adequado para o crescimento no solo ou em recipientes, e proteger as raízes durante o processo de transplante.

E não se esqueça da luz solar! Independentemente do controle da irrigação e dos nutrientes, a falta de iluminação adequada pode fazer as folhas caírem e murcharem. Muitas plantas de jardim, como tomates e pepinos, exigem pelo menos oito horas de luz solar por dia, sendo o ideal em torno de dez horas. Já algumas espécies como brócolis e folhas verdes podem sobreviver com bem menos luz direta. Contudo, as necessidades de iluminação podem variar bastante entre diferentes espécies.

Fonte: Guia Região dos Lagos

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