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Polinização pode gerar até R$ 4,2 bilhões para o agronegócio paulista

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Estudo Revela Potencial Econômico da Polinização para o Agro Paulista

No coração do estado de São Paulo, um estudo inovador destaca o valor econômico da polinização na agricultura local, sugerindo que a recuperação da vegetação nativa pode aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário em até R$ 4,2 bilhões anualmente. As abelhas, essenciais nesse processo, desempenham um papel crucial na produção de 75% das safras de frutas e sementes destinadas à alimentação humana.

Mapeamento e Análise de Impacto

Os pesquisadores Rafael Chaves e Eduardo Moreira utilizaram imagens de satélite para mapear as áreas agrícolas e fragmentos de vegetação nativa. Este levantamento permitiu identificar oportunidades para intensificar a polinização, favorecendo culturas significativas como soja, laranja e café. Essa abordagem visa aumentar a produtividade sem expansão das áreas de cultivo, mas sim através da intensificação sustentável.

Os dados revelaram áreas estratégicas que, com restauração ecológica, poderiam aumentar a presença de polinizadores. Locais como margens de rios e bordas de propriedades são identificados como fundamentais para fortalecer a oferta desses serviços ecossistêmicos, contribuindo assim para a produtividade agrícola.

Desafios e Soluções

O estudo também apontou desafios em regiões com paisagens agrícolas homogêneas, como o Médio Paranapanema, onde grandes monoculturas de soja dominam. A proposta para superar essas limitações inclui a restauração de ecossistemas e a implementação de práticas agrícolas que favoreçam os polinizadores. Essa estratégia promete mitigar as barreiras atuais, potencializando a polinização e, consequentemente, a produção.

Impacto Econômico Direto

Com a restauração proposta, apenas os cultivos de soja, laranja e café poderiam gerar ganhos de R$ 1,4 bilhão, R$ 1 bilhão e R$ 660 milhões, respectivamente, por ano. Adicionalmente, cultivos permanentes como goiaba, abacate e manga poderiam adicionar R$ 280 milhões ao PIB, enquanto culturas temporárias, como tomate e feijão, somariam R$ 820 milhões.

Rafael Chaves, coautor do estudo e vice-diretor do Biota Síntese pela Semil, destacou que soluções baseadas na natureza não apenas apoiam a agricultura e incrementam a renda dos agricultores, mas também auxiliam na proteção da biodiversidade.

Reconhecimento e Implementação

Este trabalho, parte do projeto Biota Síntese, foi reconhecido pelo Prêmio MapBiomas 2025, sendo um dos principais prêmios nacionais voltados para soluções inovadoras em manejo sustentável e combate às mudanças climáticas. As recomendações do estudo foram integradas ao Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática de São Paulo.

O plano inclui mapas detalhados, indicadores de potencial de provisão e dependência cultural, e orientações para agricultores e gestores públicos. O objetivo é alinhar estratégias de produção com a conservação ambiental, embasando políticas locais em evidências científicas.

A continuidade deste estudo e implementação de suas recomendações prometem não apenas fortalecer a economia do agronegócio paulista, mas também servir como um modelo para práticas sustentáveis em outros estados brasileiros.

Fonte da Notícia: [https://ciclovivo.com.br/mao-na-massa/horta/polinizacao-pode-gerar-r-42-bilhoes-ao-agro-paulista](https://ciclovivo.com.br/mao-na-massa/horta/polinizacao-pode-gerar-r-42-bilhoes-ao-agro-paulista)

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