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Pesquisadores revelam o verdadeiro motivo pelo qual humanos usaram fogo pela primeira vez

Descobertas Arqueológicas Revelam Importância dos Grandes Animais na Dieta dos Primeiros Humanos

Estudos recentes destacam locais arqueológicos raros que oferecem insights sobre a dieta dos primeiros humanos. Espalhados por apenas nove locais ao redor do mundo, esses sítios arqueológicos estão localizados em Israel, seis países africanos e na Espanha. Além das evidências físicas, os pesquisadores também consideraram comportamentos de sociedades atuais de caçadores-coletores para compreender melhor as práticas alimentares das comunidades antigas.

O Papel das Grandes Presas na Sobrevivência Humana

Os sítios investigados revelaram grandes concentrações de ossos de animais de grande porte, incluindo elefantes, hipopótamos e rinocerontes. Segundo os pesquisadores, essas espécies eram fundamentais para a subsistência dos humanos antigos, oferecendo uma fonte significativa de calorias. Um único elefante, por exemplo, poderia fornecer alimento suficiente para um grupo de 20 a 30 indivíduos por um mês ou mais, devido à sua carne e gordura que acumulavam milhões de calorias.

O arqueólogo Ben-Dor, ao se referir a esses animais como “tesouros”, destaca o valor que eles representavam em termos de sustento. A carne e a gordura eram como um banco de recursos que precisavam ser protegidos e preservados ao longo do tempo.

Estratégias de Preservação no Paleolítico

As práticas de preservação de alimentos no período Paleolítico são evidentes e variadas. Estudos mostram que os humanos dessa era deliberadamente armazenavam a medula óssea em ossos de gamos, uma espécie semelhante a veados. Essa técnica permitia que o alimento fosse mantido por semanas em cavernas, destacando a importância da conservação alimentar naquela época.

Além disso, os Homo erectus enfrentavam o desafio de proteger suas presas de outros predadores e carroceiros, com os quais dividiam o habitat. Dependendo do tamanho da presa, o alimento poderia durar dias ou até meses, mas a exposição prolongada atraía outros animais, colocando em risco tanto os recursos quanto o próprio grupo humano. A pesquisa salienta que esses desafios moldaram as estratégias de preservação e defesa das carcaças.

Desafios da Preservação Alimentar

No Paleolítico, proteger o alimento era tão crucial quanto caçá-lo. A presença de diversas espécies predatórias e de necrófagos aumentava a complexidade da sobrevivência para os humanos e suas presas. A capacidade de manter uma carcaça longe de predadores por longos períodos era um desafio estratégico, especialmente considerando que a decomposição natural também atraía outros perigos.

Os estudos mostram que essas práticas não apenas garantiam a sobrevivência das comunidades, mas também revelam a sofisticação e a adaptação dos antigos humanos às condições ambientais adversas. A capacidade de conservar alimento e lidar com os riscos associados à decomposição e à competição por recursos revela um aspecto fascinante da evolução humana e da interação com o ambiente.

Em suma, as descobertas arqueológicas e etnográficas atuais sublinham como a alimentação, a preservação e a proteção dos recursos eram intrínsecas à vida dos primeiros humanos. Essa compreensão reflete não apenas a adaptabilidade de nossas espécies ao longo do tempo, mas também a interconexão entre esses hábitos antigos e as práticas de sobrevivência contemporâneas.

Fonte da Notícia: [Guia Região dos Lagos](https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2025/06/17/estudo-uso-fogo.htm)

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Foto de Felipe Rabello

Felipe Rabello

Felipe é um dos editores do Guia Região dos Lagos.

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