Pesquisadores australianos criam filme solar eficaz

células solares película

Cientistas australianos desenvolvem película solar altamente eficiente

A energia solar tem se mostrado uma das soluções mais promissoras para substituir os combustíveis fósseis e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Os painéis solares têm sido amplamente utilizados como uma fonte de energia limpa, mas agora pesquisadores australianos estão explorando uma nova tecnologia que pode ser ainda mais eficiente. Eles desenvolveram células solares finas e flexíveis, impressas em uma película plástica.

Em colaboração com pesquisadores de quatro universidades australianas, os cientistas produziram rolos contendo células fotovoltaicas para dispositivos de diferentes tamanhos. Eles conseguiram atingir uma eficiência de 15,5% em um dispositivo de pequena escala e 11% em um dispositivo maior, com 50cm².

Embora esses resultados sejam animadores, a tecnologia ainda tem uma eficiência energética um pouco menor em comparação com os painéis solares convencionais feitos de silício. Portanto, é necessário confirmar seu potencial de uso em grande escala nos próximos anos.

No entanto, com o desenvolvimento e comercialização dessa tecnologia em larga escala, será possível tornar a energia solar mais acessível, graças à facilidade de transporte e à eficiência energética dessas películas. “Essa é a melhor demonstração de que é possível fabricar células solares usando esse método”, afirma o Dr. Anthony Chesman, pesquisador líder do grupo de sistemas de energia renovável da CSIRO (Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation), instituição responsável pelos avanços científicos na Austrália.

Chesman ressalta que já existem possíveis aplicações para essas células solares leves, especialmente em locais onde a energia solar convencional não é viável. Ele menciona casos em que a energia solar precisa ser instalada rapidamente, como em situações de desastres, ou em operações de construção, mineração ou agricultura, onde a energia portátil é a melhor alternativa. “Estamos muito interessados nos nichos de aplicação em que podemos avançar agora”, diz ele.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Nature Communications. O Dr. Doojin Vak, autor principal e principal pesquisador da CSIRO, explica que as altas eficiências foram possíveis graças ao uso de aprendizado de máquina no processo de produção. “Desenvolvemos um sistema capaz de produzir e testar mais de 10.000 células solares por dia – algo que seria impossível fazer manualmente”, afirma.

Além disso, a pesquisa da equipe eliminou a necessidade de materiais caros na produção das células solares substituindo o ouro por tintas de carbono especiais, o que reduz os custos de produção.

Para avaliar as películas solares, a CSIRO encomendou a construção de uma instalação de impressão em escala piloto – uma impressora de maior porte que permitirá a impressão em linha única das células. A agência também está buscando parcerias na indústria para continuar desenvolvendo e comercializando essa tecnologia.

John Grimes, presidente-executivo do Conselho de Energia Inteligente da Austrália, destaca algumas aplicações potenciais para as películas solares, como em estruturas que não foram projetadas para receber energia solar intensa, como galpões de criação de aves. Ele também menciona situações de emergência, onde é necessária energia rapidamente.

Com esses avanços na tecnologia de células solares impressas em películas, é possível imaginar um futuro em que a energia solar seja ainda mais acessível e amplamente aplicada em diferentes áreas da sociedade. O desenvolvimento contínuo dessa tecnologia é fundamental para impulsionar a transição energética global e promover um futuro mais sustentável.

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