Estudo revela os benefícios de fazer uma “desintoxicação” das redes sociais
As redes sociais se tornaram um espaço fundamental para relacionamentos, negócios, debates e compartilhamento de informações. No entanto, junto com toda essa facilidade de comunicação e exposição, também surgiram efeitos negativos, como crises de ansiedade, estresse e outros problemas de saúde mental. Pensando nisso, um novo estudo realizado pela Universidade de York, no Canadá, analisou o impacto da “desintoxicação das redes sociais” na autoestima e na imagem corporal das pessoas.
A pesquisa, liderada pela professora de psicologia Jennifer Mills, contou com a participação de 66 estudantes universitárias do sexo feminino e buscou investigar as consequências de uma semana sem uso das redes sociais. As participantes foram divididas em dois grupos: um que continuou usando as redes sociais normalmente e outro que evitou todas as plataformas durante o período de estudo.
Os níveis de autoestima e satisfação corporal foram avaliados antes e depois da intervenção, com o objetivo de verificar os efeitos da “desintoxicação” nas redes sociais. Para garantir a adesão dos participantes ao programa, foi feito o monitoramento do tempo de tela.
Os resultados do estudo foram surpreendentes. Foi encontrada uma diferença significativa na autoestima e satisfação física entre os dois grupos. A magnitude dessas descobertas chamou a atenção da pesquisadora Jennifer Mills, que afirmou que os efeitos observados foram maiores do que o esperado, indicando que se trata de um efeito robusto.
A melhora da autoestima e da imagem corporal entre as participantes que evitaram as redes sociais evidencia o impacto profundo das plataformas digitais na saúde mental das pessoas. Esse estudo fornece evidências sólidas dos benefícios de reduzir o uso das mídias sociais, com a possibilidade de uma mudança positiva na autopercepção e imagem corporal.
A professora Catherine Sabiston, especialista em imagem corporal e saúde mental da Universidade de Toronto, ressaltou a vulnerabilidade das mulheres jovens em relação à imagem corporal negativa. Ela explicou que a transição para a idade adulta é uma fase crucial para a construção da identidade, tornando as pessoas mais suscetíveis às pressões sociais e aos padrões de beleza artificiais promovidos pelas redes sociais.
A baixa autoestima e a imagem corporal negativa não afetam apenas o bem-estar psicológico, podendo resultar em depressão e ansiedade, mas também têm consequências físicas, influenciando os padrões de nutrição e o uso de substâncias.
Diante desses problemas, os especialistas defendem a adoção de soluções práticas que promovam experiências positivas nas redes sociais e melhorem a saúde mental das pessoas. Algumas dicas úteis incluem estabelecer limites para o uso das redes sociais, selecionar cuidadosamente as informações que serão vistas no feed, praticar a atenção plena e fortalecer as conexões presenciais, além de dedicar tempo ao autocuidado.
É importante lembrar que o uso excessivo das redes sociais pode afetar negativamente nossa saúde mental. Portanto, é fundamental encontrar um equilíbrio entre o uso dessas plataformas e o cuidado com nosso bem-estar. A conscientização sobre os efeitos negativos das redes sociais e a busca por alternativas saudáveis podem contribuir para uma vida mais equilibrada e feliz.
(Fonte: Guia Região dos Lagos)