A cantora e passista Amanda de Souza Soares, de 23 anos, foi encontrada morta em um terreno baldio próximo à sua residência, no bairro Jardim Nova República, em São Gonçalo, na madrugada de quinta-feira (1º). Ela foi assassinada a facadas. Amanda, conhecida como Mandy Gin Drag, tinha o sonho de seguir carreira no segmento musical sertanejo.
A informação foi revelada pelo empresário Boivi, ativista cultural LGBT e principal ajudador da carreira da artista. Segundo ele, eles estavam se preparando para ir ao estúdio gravar as músicas de Amanda. Sua morte deixou familiares e amigos em choque e consternados.
Amanda, que também era passista da Acadêmicos do Cubango de Niterói, era conhecida na região e tinha o carinho de todos. Sua irmã, Rhayanny de Souza, lamentou a perda e destacou que ela era o xodó da mãe. Rhayanny também enfatizou que Amanda sonhava em ser reconhecida pela sua voz e estava muito animada para desfilar no Carnaval.
A notícia da morte de Amanda chocou a comunidade LGBTQIA+ e personalidades políticas da região. A primeira deputada transexual do Estado do Rio, Dani Balbi, afirmou que vai cobrar celeridade nas investigações e lutar pelo direito à vida da comunidade. Já a vereadora Benny Briolly lamentou o caso e reforçou a importância de se garantir a segurança e implementação de políticas públicas efetivas para a comunidade LGBTQIA+.
O assassinato de Amanda levanta questionamentos sobre a violência contra a população trans no Brasil. Infelizmente, esse grupo enfrenta altos índices de violência e é necessário que a sociedade e as autoridades estejam atentos a essa realidade e tomem medidas para combatê-la.
O velório de Amanda foi marcado por muita emoção, com familiares e amigos se despedindo e lamentando sua partida. Nas redes sociais, escolas de samba como Magnólia Brasil e Acadêmicos da Cubango prestaram homenagens à cantora.
A Polícia Civil está investigando o crime e até o momento não há informações sobre o que motivou o assassinato. Espera-se que a justiça seja feita e que casos como esse não se repitam, garantindo a segurança e o respeito à vida de todas as pessoas, independente de sua identidade de gênero.
Amanda tinha um futuro promissor pela frente, com sonhos e planos que foram interrompidos de forma trágica. Sua morte é um alerta para a urgência de se combater a transfobia e garantir que todas as pessoas tenham o direito de viver e realizar seus sonhos. Que a justiça seja feita e que a memória de Amanda seja lembrada como uma voz que lutava por igualdade e respeito.