# A saída de Elon Musk do governo Trump: os 128 dias de ações e controvérsias
Elon Musk, o influente bilionário e ex-chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos, deixou seu cargo no governo de Donald Trump na quarta-feira, 28 de maio. Cumprindo 128 dos 130 dias permitidos como funcionário especial, Musk se despediu com um comunicado em sua rede social X, agradecendo ao presidente pela oportunidade.
## Ascensão e desacordos iniciais
Inicialmente visto como um aliado próximo de Trump, Musk começou seu caminho no governo no dia 12 de novembro, logo após a eleição presidencial, quando seu nome foi anunciado para liderar o DOGE (Departamento de Eficiência Governamental). No entanto, a relação sólida logo enfrentou tensões, principalmente após a introdução de políticas tarifárias controversas.
O DOGE, criado para reduzir custos do governo, rapidamente se tornou fonte de polêmicas. Durante a posse de Trump, Musk, conhecido por suas empresas Tesla e SpaceX, gerou controvérsia ao fazer um gesto que muitos interpretaram como uma saudação nazista, ofuscando o início de seu mandato no departamento.
## Medidas e reações
Diversas ações de Musk chocaram o cenário político americano. No seu primeiro dia, o DOGE removeu do ar o site do Conselho Executivo de Diretores-Chefes de Diversidade, chamando a suspensão de “progresso”. Semanas depois, um programa de demissão voluntária foi proposto para os dois milhões de servidores federais, com a expectativa de que 10% aceitassem. A sede da USAID, fechada sem aviso prévio, foi denominada por Musk como “ninho de vermes”. Contudo, as medidas sofreram significativas resistências legais, com muitas ações do DOGE bloqueadas por decisões judiciais.
Em fevereiro, um juiz impediu o acesso aos dados do Tesouro dos EUA após uma ação judicial movida por procuradores democratas. Em resposta a tais obstáculos, Musk anunciou o desmantelamento da Agência de Proteção Financeira ao Consumidor, ação que também enfrentou desafios legais.
## A trajetória de Musk no governo
Durante seu tempo no poder, Musk se tornou uma figura central nas operações do governo. Foi capa da revista Time ocupando simbolicamente a cadeira presidencial do Salão Oval, representando sua crescente influência. Em reuniões com altos líderes militares, negou rumores de acesso a planos ultrassecretos, criticando funcionários que vazavam informações.
A demissão de quase 10 mil servidores federais e a tentativa de reverter políticas de home office marcaram sua gestão. Musk também declarou, em fórum internacional, a necessidade de eliminar agências inteiras para reformar o governo.
## Conflitos e a decisão de saída
A relação com Trump começou a se deteriorar à medida que Musk criticava publicamente membros da administração, como Peter Navarro, principal arquiteto da guerra tarifária. A crescente frustração ficou evidente quando Musk declarou que as economias realizadas de US$ 160 bilhões estavam muito aquém de sua meta de US$ 2 trilhões.
No início de maio, rumores sobre a saída de Musk surgiram após frustrações com os resultados alcançados. A decisão foi confirmada posteriormente, mas não antes de Musk impactar políticas monetárias, como o fim da produção da moeda de 1 centavo, que visava economizar US$ 56 milhões anualmente.
A saída de Elon Musk do governo Trump marca um período tumultuado, pontuado por ações controversas e tensões políticas. Sua passagem pelo governo pode ter sido curta, mas deixou um rastro de debates e desafios para a administração Trump.
Fonte da Notícia: [Guia Região dos Lagos](https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/05/29/os-128-dias-de-elon-musk-no-poder-relembre-os-principais-atos-e-polemicas-do-bilionario-na-casa-branca.ghtml)