Faixas climáticas revelam que 2023 foi o ano mais quente já registrado
Todos os anos, um gráfico colorido com faixas climáticas é utilizado para representar visualmente a variação de temperatura no planeta desde 1850. Cada faixa representa a mudança nas médias globais anuais, sendo que as cores vermelhas indicam anos mais quentes e as faixas azuis indicam anos mais frios. No entanto, para o ano de 2023, foi necessário incluir um novo tom de vermelho, já que este foi considerado o ano mais quente já registrado.
A representação das faixas climáticas é baseada em bilhões de dados científicos coletados ao longo de mais de um século, proporcionando uma imagem impressionante e de fácil compreensão sobre as mudanças climáticas. Neste ano, o professor Ed Hawkins, cientista climático da Universidade de Reading, publicou a primeira imagem atualizada das faixas climáticas para o globo, utilizando os dados provisórios mais recentes para 2023. A faixa que representa o ano passado é a mais escura da escala, indicando um aquecimento sem precedentes.
O aumento das temperaturas em 2023 está diretamente relacionado ao contínuo aumento dos gases de efeito estufa globais. Os cientistas já previam esse recorde há décadas, mas a surpreendente margem de quebra do recorde em 2023 mostra a urgência de ações para combater as mudanças climáticas.
As faixas climáticas estão disponíveis para download e compartilhamento gratuitamente no site showyourstripes.info, e mostram a variação de temperaturas em mais de 200 países, cidades, regiões e oceanos. No Brasil, por exemplo, é possível observar a significativa mudança na temperatura ao longo dos anos.
A recente atualização das faixas climáticas coincide com a confirmação feita pelo Met Office de que 2023 foi o ano mais quente já registrado no País de Gales e na Irlanda do Norte, além de ser o segundo mais quente no Reino Unido como um todo. Esses dados reforçam a necessidade de ações urgentes para combater as mudanças climáticas.
As faixas climáticas se tornaram um símbolo icônico dos impactos das alterações climáticas. Elas têm sido amplamente utilizadas em diversas ocasiões, desde capas de livros até eventos e manifestações. Recentemente, as faixas também foram incorporadas ao design do novo carro de corrida da Envision Racing, nas White Cliffs de Dover e na CN Tower de Toronto.
Além da representação das faixas climáticas, a Universidade de Reading também disponibiliza um gráfico que mostra, utilizando as faixas, o declínio da biodiversidade no planeta ao longo dos anos. Essas representações visuais têm como objetivo iniciar conversas sobre as mudanças climáticas e incentivar ações mais rápidas para enfrentar esse desafio global.
De acordo com o professor Ed Hawkins, já possuímos muitas soluções para combater as mudanças climáticas. No entanto, é necessário que ocorram mudanças ousadas e transformadoras em todas as partes da sociedade para tornar o clima do nosso planeta mais seguro para as gerações atuais e futuras.
Portanto, as faixas climáticas representam uma forma impactante e acessível de compreender as mudanças climáticas. O registro de 2023 como o ano mais quente já registrado serve como um alerta para a urgência de ações, destacando a importância de transformar as conversas em medidas concretas que garantam um futuro sustentável para o nosso planeta.
Fonte: Guia Região dos Lagos
