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Em meio à crise climática, tecnologia é ferramenta para futuro alimentar
Os efeitos das mudanças climáticas já estão visivelmente presentes em diversas partes do mundo, e é imperativo que mudanças significativas sejam implementadas em todos os setores da sociedade. Dentro desse contexto, a indústria alimentícia se destaca como uma área que precisa urgentemente reduzir sua pegada ambiental, e a busca por soluções inovadoras está em andamento em várias frentes. A tecnologia se mostra uma aliada essencial nesse movimento.
Para ilustrar a gravidade da situação, a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) revela que o desperdício de alimentos é responsável por cerca de 10% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). Além disso, o setor da agropecuária contribui com 12% das emissões oriundas das atividades humanas.
Analisando a estrutura da indústria alimentícia, observa-se que os impactos na cadeia de suprimentos, o aumento dos custos para implementar práticas agrícolas mais sustentáveis, a variação na qualidade das matérias-primas e as mudanças nos hábitos alimentares dos consumidores, são evidências de que as mudanças climáticas são um fator crítico a ser considerado pelo setor.
É nesse cenário que a tecnologia se destaca como um importante diferencial para as empresas do ramo. Desde a diminuição da pegada de carbono nos processos produtivos até a busca por insumos alternativos e sustentáveis, a tecnologia, em especial a Inteligência Artificial (IA), vem se mostrando uma ferramenta essencial na busca pela sustentabilidade.
Inovação no segmento plant-based
Um exemplo notável do uso de tecnologias na indústria alimentícia com foco na sustentabilidade é o crescimento do segmento plant-based. Atualmente, diversas empresas deste setor estão utilizando Inteligências Artificiais próprias, que permitem a combinação de ingredientes vegetais de fontes alternativas, a fim de substituir matéria-prima que esteja escassa devido a variáveis climáticas.
Essas ferramentas tecnológicas operam analisando receitas de produtos de origem animal em nível molecular, apresentando alternativas vegetais com composições e funcionalidades que imitam os alimentos tradicionais, em termos de textura e sabor, tudo isso mantendo a agilidade na produção. E, o mais importante, promovendo práticas sustentáveis.
Ademais, é importante destacar os vários benefícios associados à alimentação plant-based, que inclui o não uso de animais nos processos produtivos, bem como o incentivo ao consumo consciente.
Atualmente, observamos um crescimento acelerado em setores da indústria alimentícia que adotam soluções inovadoras, como o mercado plant-based, que está em ascensão porque combina dois aspectos essenciais: sustentabilidade e o valor afetivo dos alimentos.
Os consumidores estão cada vez mais abertos a experimentar produtos que não contenham ingredientes de origem animal, em grande parte porque a tecnologia consegue garantir o sabor, a textura e a indulgência — fatores que estão profundamente ligados à memória afetiva e não podem ser negligenciados.
É exatamente nesse ponto que tecnologias como a Inteligência Artificial se tornam extremamente úteis, pois ajudam as empresas a atender duas preocupações: descobrir alternativas mais eficazes que diminuam os impactos das mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que proporcionam às pessoas a possibilidade de desfrutar do prazer que a alimentação pode oferecer.
O futuro da alimentação sustentável será definido pela integração entre tecnologia e os princípios de desenvolvimento sustentável, resultando em benefícios não apenas para os indivíduos e empresas, mas, mais importante ainda, para o nosso planeta.
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