Mudar alguns hábitos pode deixar sua alimentação mais saudável e sustentável

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Simples Trocas Alimentares Para Dietas Más Saudáveis e Sustentáveis

sanduíche vegano
Foto: The Matter of Food na Unsplash

É comum que as pessoas acreditem que para adotar uma alimentação mais saudável e ambientalmente sustentável seja necessário implementar modificações drásticas. No entanto, estudos demonstram que mudanças graduais também podem trazer resultados positivos. Embora existam evidências sobre os benefícios de dietas vegetarianas e veganas, o ideal é que cada um faça o que é viável para a sua realidade. Por exemplo, ao invés de eliminar completamente os alimentos de origem animal, reduzindo o consumo e realizando substituições pode ser mais acessível e eficaz.

Cientistas realizaram um estudo que aponta que algumas substituições alimentares simples podem promover um impacto considerável tanto na saúde individual quanto na pegada de carbono. Uma pesquisa conduzida pela Escola de Medicina da Universidade de Stanford sugere, por exemplo, trocar frango por carne bovina ou optar por leite vegetal no lugar de laticínios.

A principal autora do estudo, Anna Grummon, que é professora assistente de pediatria e políticas de saúde em Stanford Medicine, reconhece que alterar radicalmente a dieta pode ser um desafio. “Em vez disso, nós identificamos substituições simples e viáveis – pequenas adaptações – que ainda podem gerar um impacto significativo”, argumentou ela.

A pesquisa se baseou no Índice de Alimentação Saudável do Departamento de Agricultura dos EUA para avaliar os efeitos na saúde das mudanças recomendadas, e foi constatado que essas novas práticas não apenas reduziriam a pegada de carbono, mas também melhorariam a qualidade da dieta, trazendo benefícios para a saúde geral.

O estudo, intitulado “Substituições dietéticas simples podem reduzir as pegadas de carbono e melhorar a qualidade da dieta em diversos segmentos da população dos EUA”, foi publicado na revista Nature Food.

hambúrguer de frango vegano
Hambúrguer à base de plantas da Typical, que irá lançar uma nova opção utilizando micélio no Brasil. Foto: Typical

Os pesquisadores afirmam que, se essas trocas forem amplamente adotadas, a pegada de carbono das dietas nos EUA poderá ser reduzida em mais de 35%. Para isso, os cientistas combinaram um questionário nacional sobre preferências alimentares com dados sobre as emissões de gases de efeito estufa relacionadas aos alimentos, a fim de apresentar alternativas simples com um potencial elevadíssimo para um impacto ambiental positivo.

Os alimentos com alta contribuição para as emissões de gases de efeito estufa foram categorizados em quatro grupos: proteínas, laticínios, pratos preparados e bebidas. Os pesquisadores, então, identificaram produtos alimentícios que poderiam ser substituídos por alternativas similares, porém com menos impacto ambiental. Em seguida, calcularam o potencial de redução da pegada de carbono em nível individual.

“A chave para isso é buscar trocas que apresentem semelhança. Assim, acreditamos que será mais fácil para as pessoas aceitarem novos pratos, já que eles se assemelham bastante ao que já consomem”, explicou Diego Rose, autor principal do estudo e professor da Escola de Saúde Pública e Medicina Tropical da Universidade de Tulane.

Os pesquisadores notaram que as mudanças nas trocas de proteínas e pratos preparados geraram o maior impacto. A carne bovina foi identificada como o alimento mais crítico a ser substituído. Por exemplo, ao trocar carne moída por hambúrguer de frango, a pegada de carbono do hambúrguer reduz entre oito a dez vezes. Quando comparado a um hambúrguer vegetariano, a pegada de carbono do hambúrguer de carne moída pode ser 20 vezes maior.

Grummon ressaltou que, no que diz respeito ao meio ambiente, a carne bovina é especialmente prejudicial devido à vasta quantidade de terra necessária para pastagem, que frequentemente resulta em desmatamento. Ademais, a produção de gado gera quantidades significativas de metano durante a digestão, combinada ao maior tempo de vida dos gados, o que resulta em uma pegada alimentar ampliada. Os cientistas adicionaram que outras substituições que podem causar um impacto positivo incluem trocar frango por porco, porco por cordeiro, e salmão por caranguejo.

Os pesquisadores pretendem focar em conscientizar os consumidores a reduzirem ou eliminarem os itens alimentares com maior pegada de carbono em suas dietas. Uma abordagem que está sendo explorada consiste em campanhas educativas com três metas principais: substituir as carnes bovina e suína por pratos com frango ou vegetarianos, trocar leite de vaca por opções vegetais, e substituir sucos por frutas inteiras. A pegada de carbono de um copo de suco é consideravelmente maior do que a de um fruto inteiro.

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Foto: Julia Zolotova na Unsplash

As alterações sugeridas pelo estudo não visam apenas a diminuição da pegada de carbono, mas também promover uma dieta mais equilibrada. As simulações realizadas no estudo indicaram um aumento da pontuação do Índice de Alimentação Saudável do USDA entre quatro a dez por cento. Pontuações mais altas nesse índice estão relacionadas a um risco reduzido de doenças cardíacas, câncer e outras condições de saúde.

“Estamos diante de uma situação em que todos podem se beneficiar”, comentou Grummon em um comunicado à imprensa. “Se você deseja mudar seus hábitos alimentares por motivos de saúde ou ambientais e segue as orientações que apresentamos, é provável que você obtenha os resultados esperados.”

Com informações de Stanford Medicine.

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Fonte: Guia Região dos Lagos

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