Microrganismos auxiliam na decomposição de microplásticos

decompor microplásticos

Vermes e micróbios estão ajudando a decompor microplásticos

Na água, nos órgãos humanos, no ar que respiramos. Os microplásticos já estão presentes em tudo. Buscando formas de remover as pequenas partículas de plástico de águas residuais, pesquisadores da Faculdade de Bioengenharia da Universidade de Ciências Aplicadas Weihenstephan-Triesdorf (HSWT), na Alemanha, desenvolveram um processo biológico que usa vermes e micróbios para decompor os microplásticos.

A técnica aposta na biodegradação dentro de um filtro biológico de gotejamento. No estudo, foram usadas pedras de lava vulcânica, cujas superfícies porosas fornecem um habitat ideal para microrganismos e vermes. Esse é o primeiro passo.

A partir daí, com a ajuda de bactérias e fungos, um biofilme se forma inicialmente na rocha, que, de acordo com os pesquisadores, serve como base para a biodegradação dos microplásticos. Sanguessugas e nematoides, que vivem em simbiose com os microrganismos, assumem a pré-trituração das partículas de plástico. Os microrganismos então quebram o plástico restante em seus componentes moleculares. Esse processo natural resulta em biomassa livre de poluentes e água livre de microplásticos para humanos e para o meio ambiente.

A tecnologia, que é baseada em materiais naturais e organismos vivos, já funcionou no laboratório e agora está sendo testada na estação de tratamento de águas residuais de Petershausen, um município da Baviera. Os pesquisadores estão animados com a possibilidade da nova tecnologia se estabelecer como um processo padrão sustentável de purificação em estações de tratamento de esgoto. Desta forma, ajudando a reduzir o contato das pessoas e do meio ambiente com os microplásticos.

Este estudo integra um projeto maior de tratamento biológico de águas residuais batizado de “PlasticWorms”. Liderado por Sabine Grüner-Lempart, o objetivo principal é desenvolver um reator inovador para decompor microplásticos em estações de tratamento de esgoto. “O reator de leito biológico pode ser implementado como um novo quarto estágio de purificação nas 10 mil estações de tratamento de esgoto da Alemanha”, afirma a HSWT.

O projeto é financiado pelo Ministério Federal de Assuntos Econômicos e Proteção Climática, como parte de um programa de inovação para pequenas e médias empresas.

Imagens:
– Foto: Julian Eckert | HSWT
– Microplásticos vistos em microscópio | Foto: Julian Eckert | HSWT
– Sanguessuga em pedra de lava | Foto: Julian Eckert | HSWT
– Nematóides usados no estudo | Foto: Julian Eckert | HSWT
– Estágios da Degradação biológica | Foto: Julian Eckert | HSWT
– Amostragem de microplásticos no efluente da estação de tratamento de águas residuais de Petershausen usando um filtro de peneira rotativa | Foto: Julian Eckert | HSWT
– Estação de tratamento de esgoto de Petershausen | Foto: Julian Eckert | HSWT

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