Maricá: Tempestade teve impactos menores do que o esperado na segunda-feira (16)

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A tempestade severa no Rio de Janeiro: impacto e consequências

Na última segunda-feira, dia 16, uma tempestade severa percorreu o estado do Rio de Janeiro, deixando moradores e autoridades em estado de alerta, especialmente nas áreas costeiras que vão de Niterói até a Região dos Lagos. O fenômeno surpreendeu a todos com a intensidade de seus ventos, que superaram os 80 quilômetros por hora.

Embora tenham sido registradas imagens impressionantes durante a tempestade, a rapidez do evento e a formação restrita das nuvens contribuíram para limitar os danos em várias localidades afetadas. Especialistas advertem que é prematuro classificar a tempestade como uma supercélula, que é um tipo de tempestade caracterizada por sua força e imprevisibilidade.

A reportagem contactou o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que forneceu detalhes sobre o incidente climático. Na mesma segunda-feira, o instituto divulgou um alerta laranja para a região que abrange os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Essa precaução foi uma tentativa de avisar a população sobre a gravidade do fenômeno.

Mapa de monitoramento de chuvas com aviso laranja do INMET

Os técnicos do INMET esclareceram que as supercélulas são tempestades de grande magnitude e poder, conhecidas por gerar ventos extremamente fortes, chuvas torrenciais, granizo e, em alguns casos mais extremos, tornados. Esses eventos se apresentam como nuvens monumentalmente rotativas, com um formato que pode assemelhar-se a um disco voador ou um grande funil. A base escura dessas nuvens indica a quantidade colossal de água que elas podem carregar. Tipicamente, essas tempestades se formam a partir de uma única nuvem predominante, mas podem atrair nuvens menores, o que intensifica ainda mais o fenômeno.

Embora a tempestade que afetou o Rio de Janeiro tenha apresentado atributos severos, como granizo e ventos fortes acompanhados de intensas descargas elétricas, é necessário cautela ao se afirmar que se tratava de uma supercélula. A rápida movimentação e a área relativamente restrita atingida pela tempestade foram fatores que ajudaram a mitigar os impactos e impediram que o evento se transformasse em uma tragédia de maiores proporções. Apesar de sua brevidade, a tempestade atraiu a atenção do público, principalmente devido às imagens que circularam nas redes sociais, mostrando a tempestade a se aproximar, assim como fotos e vídeos de granizo.

Essas ocorrências sublinham a importância de manter a vigilância em relação às condições climáticas e de estar preparado para enfrentar situações inesperadas, mesmo que em um intervalo curto de tempo.

Impactos na rede elétrica

A concessionária Enel Rio reportou que a tempestade causou problemas significativos em várias áreas do estado. A empresa destacava a combinação da força dos ventos e a elevada quantidade de descargas elétricas como fatores que contribuíram para os danos. Abaixo, o comunicado oficial da Enel:

A Enel Distribuição Rio anunciou que já conseguiu restabelecer o fornecimento de energia para 99,4% dos clientes que foram afetados pelas fortes chuvas que resultaram em descargas atmosféricas e ventos fortes. Esses fatores ocasionaram a queda de galhos e árvores sobre a rede elétrica, impactando cidades nas regiões dos Lagos, Serrana e Sul do estado, além dos municípios de Niterói, São Gonçalo e Magé.

Durante este evento, foram registrados ventos variando entre 65 km/h e 85 km/h, além de uma surpreendente quantidade de mais de 2.350 raios – um fenômeno bastante comum no estado do Rio, que frequentemente causa danos aos sistemas de energia. Para exemplificar, de janeiro a novembro deste ano, aproximadamente 145 mil raios atingiram a rede elétrica da Enel Rio.

A distribuidora ativou seu plano de emergência e reforçou suas equipes em campo para realizar os reparos necessários e restabelecer a totalidade do serviço. Em diversos casos, a recuperação da rede elétrica apresenta desafios mais complexos, seja pela necessidade de reconstrução de trechos danificados ou pela localização em áreas de difícil acesso, como em matas densas.

Reparos da equipe da Enel em , especificamente no bairro Condado, durante a quarta-feira (18). Foto: redes sociais

O relato da Enel e a resposta rápida a esses eventos evidenciam a necessidade de um sistema de emergência eficiente para fazer frente a situações climáticas extremas, garantindo a recuperação da normalidade o mais rápido possível para a população afetada.

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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