Maricá cria novo Refúgio de Vida Silvestre na cidade
Maricá acaba de criar a Unidade de Conservação da Natureza Refúgio de Vida Silvestre Lagoa do São Bento. Localizada no Barroco, em Itaipuaçu, essa é a sexta área de proteção integral do município. A lei nº 3.422, aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Fabiano Horta, foi responsável pela instituição dessa nova área de conservação.
A criação do Refúgio de Vida Silvestre Lagoa do São Bento foi motivada pelas características ecológicas do local, assim como pela sua importância econômica e socioambiental regional. Com uma área de 6,94 hectares e perímetro de 992 m², a Lagoa do São Bento possui também uma Zona de Amortecimento de 40,19 hectares.
Para discutir a criação da unidade, a Secretaria de Cidade Sustentável de Maricá realizou audiências públicas com a participação da sociedade civil e especialistas no assunto. Essa iniciativa demonstra o compromisso do município em envolver a comunidade no processo de tomada de decisão e garantir que a nova unidade de conservação atenda às necessidades de preservação da região.
O secretário da Cidade Sustentável, Helter Ferreira, destacou a importância da criação do Refúgio de Vida Silvestre Lagoa do São Bento para a cidade de Maricá: “Em 2023, Maricá conquistou o segundo lugar na premiação de gestão ambiental municipal concedida pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAs), na categoria de Gestão de Unidades de Conservação Municipal no estado. A criação desse refúgio, além de atender a uma reivindicação de moradores, movimentos ambientalistas locais e pesquisadores, enriquece ainda mais o sistema municipal de áreas protegidas com um ecossistema tão único e raro.”
O principal objetivo do Refúgio de Vida Silvestre Lagoa do São Bento é preservar a fauna e a flora silvestres, proporcionando abrigo para espécies migratórias durante suas rotas de alimentação, descanso e reprodução. Além disso, a unidade de conservação busca garantir a existência das populações biológicas e do ecossistema, bem como o equilíbrio ecológico local.
Outra vantagem da criação do Refúgio de Vida Silvestre Lagoa do São Bento é a conservação e a manutenção da recarga de água do corpo hídrico, o que reduz os riscos de enchentes e contribui para o abastecimento do lençol freático. A unidade também oferece oportunidades para a educação ambiental, pesquisa científica, visitação pública e ecoturismo, estimulando a geração de empregos e renda de forma ambientalmente compatível com seus objetivos.
Maricá possui diversas riquezas ambientais e culturais, como as áreas úmidas da restinga, que são percebidas tanto pela população local quanto pelos visitantes. A região também atrai estudantes e pesquisadores de instituições públicas e privadas, devido à sua importância socioambiental nos serviços prestados à comunidade, como o abastecimento de água.
Além do Refúgio de Vida Silvestre Lagoa do São Bento, Maricá conta com outras áreas de conservação. Entre as unidades de conservação estaduais estão a Área de Proteção Ambiental de Maricá e o Parque Estadual da Serra da Tiririca. Já as áreas municipais são compostas pelo Monumento Natural Municipal da Pedra de Inoã, Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia, Refúgio de Vida Silvestre Municipal das Serras de Maricá, a Área de Proteção Ambiental Municipal das Serras de Maricá, a Área de Relevante Interesse Ecológico Cachoeira do Espraiado e o Refúgio de Vida Silvestre Lagoa do São Bento.
Com a criação do Refúgio de Vida Silvestre Lagoa do São Bento, Maricá amplia seu compromisso com a conservação da natureza e se estabelece como um exemplo de gestão ambiental municipal. Essa nova unidade de conservação contribui não apenas para a proteção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, mas também para o desenvolvimento sustentável da região, promovendo o ecoturismo e gerando empregos e renda de forma responsável.
