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Maricá: Naufrágio de navio escravagista em Itaipuaçu pode virar filme!

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Naufrágio de Navio Negreiro em Maricá Pode Resultar em Documentário

A história do navio negreiro Sumaca Malteza, que naufragou próximo às Ilhas Maricás, em Itaipuaçu, , pode ganhar destaque em um documentário. O projeto foi discutido em uma reunião entre secretários da Prefeitura de , membros do Instituto Afrorigens e do Slave Wrecks Project. Durante o encontro, realizado na última sexta-feira, foi proposta a produção de pesquisas e um filme sobre este navio histórico.

Parceria e Estudos sobre o Sumaca Malteza

Representantes do Instituto Afrorigens apresentaram detalhes sobre a pesquisa, destacando citações do naufrágio em veículos de comunicação nacionais e internacionais. Além disso, sugeriram uma parceria com a prefeitura para levar adiante o projeto do documentário.

Os estudos realizados na Costa Verde que desaguaram na descoberta dos restos do navio em Maricá datam de dezembro do ano anterior. A embarcação naufragou no litoral de Itaipuaçu em junho de 1850, segundo registros históricos.

Representação Municipal na Reunião

Na ocasião, estiveram presentes Jorge Castor, secretário de Relações Internacionais, e Danielle Ferreira, secretária de Comunicação Social, representando a cidade de Maricá. Castor, nascido em Maricá, destacou a relevância de contar essa história para um público global. Segundo ele, as Ilhas Maricás estavam situadas na rota dos navios negreiros, o que resultava em naufrágios devido à falta de tecnologia na época para detectar pedras no caminho.

Para Danielle Ferreira, a recuperação de memórias históricas como esta serve tanto à produção de conhecimento quanto à projeção internacional de Maricá. Ela reforçou que o legado deixado por essas narrativas integra a estratégia de comunicação da cidade, fortalecendo seu posicionamento em âmbito global.

Potencial de Tombamento pelo Iphan e Reconhecimento pela UNESCO

Os integrantes do instituto acreditam que o Sumaca Malteza pode ser reconhecido como um patrimônio cultural. Eles esperam que o navio seja tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e que receba reconhecimento pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Yuri Sanada, vice-presidente do Afrorigens e diretor da Aventura Produções, ressaltou a importância global do caso Sumaca Malteza. Ele destacou que, de um total de 12 mil navios que transportaram milhões de africanos para as Américas ao longo de séculos, apenas seis foram localizados e estudados até hoje. A descoberta em Maricá tem, portanto, um valor significativo para a compreensão da história do comércio transatlântico de escravizados.

O projeto não apenas pretende contar uma parcela pouco conhecida da história, mas também melhorar a compreensão global sobre as rotas escravagistas e suas ramificações. A narrativa do Sumaca Malteza, que há tanto tempo permanece à margem, está prestes a ganhar um destaque merecido na memória coletiva.

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Foto de Editorial GRDL

Editorial GRDL

Editorial do Guia Região dos Lagos

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