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Maricá: Justiça, afirma esposa de atleta de SG após identificação do motorista

Maricá: Justiça, afirma esposa de atleta de SG após identificação do motorista

‘Justiça’, afirma viúva de atleta de SG após identificação do motorista

Maria Eduarda, de 27 anos, viúva do atleta Lucas Celestino, expressou seu desejo de ver a justiça sendo feita durante uma entrevista ao portal ENFOCO nesta terça-feira (15). Ela se pronunciou após a identificação do motorista acusado de atropelar e assassinar seu companheiro na BR-101, em São Gonçalo.

A declaração de Maria Eduarda foi proferida logo depois que Everton Oliveira Lessa da Costa, de 37 anos, prestou depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), situada no centro de Niterói. “Eu continuo confiando no trabalho da polícia e, acima de tudo, na justiça de Deus”, desabafou. Ela continuou dizendo que, apesar de nada poder trazer seu amor de volta, saber que a verdade está sendo buscada e que o responsável pelo crime será responsabilizado traz a ela um leve alívio: “É como se a história dele não tivesse sido ignorada”, concluiu.

Depoimento do motorista

Everton foi detido por agentes da DHNSG na descida da Ponte Rio-Niterói, onde prestou esclarecimentos acerca do trágico acidente que resultou na morte de Lucas. De acordo com informações que vieram à tona, o motorista fez modificações no veículo, incluindo a troca do para-brisa, antes de ser levado para a delegacia.

Durante seu depoimento, o motorista alegou que não percebeu a presença de Lucas e que, supostamente, teria cochilado ao volante momentos antes de colidir com uma mureta. Contudo, os investigadores da polícia interpretaram os atos de Everton como uma manifestação de intenção indireta de causar dano, caracterizando-o como um dolo eventual. Por esse motivo, a prisão preventiva foi solicitada sob a acusação de homicídio e fraude processual, visto que ele teria ocultado informações e alterado o veículo para dificultar as investigações.

Everton dirigia uma van da linha M557, que faz a conexão entre Boa Vista e o Rio de Janeiro. Após o seu depoimento, ele e seu advogado deixaram a delegacia sem prestar declarações à imprensa, e o delegado responsável pelo caso também não revelou detalhes sobre o que foi discutido durante a oitiva.

Contexto do caso

No dia 8 de abril, Maria Eduarda notou a ausência de Lucas ao acordar por volta das 7h30, percebendo que ele ainda não havia retornado de sua corrida matinal. Ela informou que Lucas deveria ter chegado ao seu trabalho, no estacionamento do shopping Multicenter em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, onde trabalhava como operador há aproximadamente oito meses.

Preocupada com o desaparecimento, ela entrou em contato com dois supervisores de Lucas, que confirmaram que ele não havia se apresentado ao trabalho. “Enviei mensagem para um supervisor e para outro chefe, e eles informaram que o Lucas não tinha ido. Ele saiu de casa sem nada”, relatou. Mobilizando familiares e amigos, incluindo a mãe de Lucas, Juliana Celestino, Maria Eduarda iniciou as buscas por ele. Colaboradores se dividiram em diferentes grupos e percorreram vários bairros em Niterói e São Gonçalo em busca de informações sobre o paradeiro de Lucas, que nunca havia desaparecido por tanto tempo sem dar notícias.

O corpo de Lucas foi descoberto por amigos na manhã seguinte ao seu desaparecimento, localizado às margens da BR-101, perto do bairro Porto do Rosa, em São Gonçalo, apresentando sinais de fraturas, conforme relatou a família.

Essa trágica ocorrência gerou grande comoção entre a população local, principalmente devido à brutalidade do incidente e à determinação da viúva em buscar justiça. Maria Eduarda tem se mostrado resiliente e firme em sua busca por respostas e por um desfecho que honre a memória de seu esposo. Essa situação ressalta a importância de não apenas buscar justiça, mas também de garantir que histórias como a de Lucas não sejam esquecidas.

Impacto e reflexões sobre o caso

Os tristes eventos que levaram à morte de Lucas Celestino têm levantado conversas não apenas sobre a segurança nas estradas brasileiras, mas também sobre a responsabilidade dos motoristas. É vital que motoristas tenham plena consciência do mundo ao seu redor, especialmente em áreas onde pedestres estão presentes, para que tragédias como essa possam ser evitadas no futuro. A situação também destaca a necessidade de uma investigação rigorosa e imparcial, assegurando que todos os envolvidos no caso sejam responsabilizados de maneira justa.

O testemunho de Maria Eduarda reflete um clamor por justiça que ressoa com muitos que passaram por experiências semelhantes. Sua determinação em buscar respostas e promover a memória de Lucas é uma inspiração para todos aqueles que enfrentam a dor da perda injusta de entes queridos. A sociedade deve se unir em apoio à luta por justiça e segurança nas vias, e Maria Eduarda é um exemplo notável deste esforço.

Este caso é um lembrete da fragilidade da vida e da necessidade de um compromisso coletivo para transformar o sistema de justiça e as vias em lugares mais seguros. O luto de Maria Eduarda e a busca por justiça pela memória de Lucas podem servir como catalisadores para mudanças significativas no comportamento de motoristas e nas políticas de segurança viária.

Viúva do atleta Lucas Celestino expressa desejo de justiça após identificação do motorista responsável pelo acidente
Viúva falou sobre sentimento de justiça após depoimento de motorista
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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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