Maricá: Jejum: deputado Glauber Braga começa a se sentir mal
Greve de fome: deputado Glauber Braga sente os efeitos da privação alimentar
O deputado federal Glauber Braga, representante do PSOL no Rio de Janeiro, começou a apresentar sinais de fraqueza nesta segunda-feira, dia 14 de abril de 2025. Isso ocorreu após ele ter passado um total de 139 horas em greve de fome, que se realizou dentro da Câmara dos Deputados, situada em Brasília. A equipe de assessoria do deputado informou que ele está em jejum desde a última quarta-feira, dia 9 de abril, data em que o Conselho de Ética da Câmara aprovou um relatório que solicita a cassação de seu mandato.
Desde a aprovação do relatório, Glauber Braga decidiu permanecer acampado no Plenário 5 da Câmara, onde tem feito apenas saídas esporádicas para ir ao banheiro. Durante esse período, ele tem se alimentado exclusivamente de água, bebidas isotônicas e soro, em um ato de protesto contra a decisão do referido Conselho.
Em declarações feitas por sua assessoria, o deputado expressou que “o apoio de figuras públicas, amigos políticos e da militância é o que nos inspira a continuar na luta para reverter esse processo de cassação.” Contudo, ainda não há uma data definida para a votação final que decidirá o futuro do seu mandato. A responsabilidade de agendar essa votação no plenário está nas mãos do presidente da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba. Neste momento, Glauber tem se abster de conceder entrevistas, e a comunicação com a mídia e o público está sendo gerenciada integralmente por sua equipe.
A situação de saúde do deputado realmente tem gerado preocupações. Seus assessores informaram que o número de visitantes que tem recebido está sendo controlado para prevenir maiores desgastes físicos. “Glauber já está mostrando sinais de fraqueza. Para prevenir qualquer cansaço excessivo, as visitas estão sendo mais limitadas”, afirmou o comunicado emitido por sua equipe.
Durante o último fim de semana, Glauber Braga foi visitado por diversos ministros do governo Lula, incluindo Gleisi Hoffmann, Márcio Macêdo, Sidônio Palmeira e Cida Gonçalves. Na segunda-feira, foi a vez da ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, e de sua chefe de gabinete, Lene Teixeira, que o visitaram. “A conversa foi amistosa e repleta de solidariedade”, informaram os colaboradores do deputado. No domingo, dia 13, apoiadores do parlamentar organizaram uma roda de samba em sua homenagem no corredor da Câmara, mas ele não compareceu, priorizando sua saúde e recuperação.
A deputada Sâmia Bomfim, esposa de Glauber, explicou a ausência dele. “Ele está seguindo recomendações médicas para conservar sua energia, pois essa luta pode se prolongar por um tempo considerável, dado que o Congresso está em um período de recesso. As visitas que ele recebe são sempre bem-vindas”, informou Sâmia.
Enquanto isso, a situação política de Glauber continua tensa, e os desdobramentos envolvendo sua cassação têm gerado debates entre os colegas deputados e na mídia. Ele argumenta que o processo contra ele é uma perseguição política e vê na greve de fome uma forma de resistência e visibilidade para sua causa. A pressão sobre o conselho e a busca por apoio externo têm sido parte integral de sua estratégia.
A saúde e o bem-estar de Glauber são questões que estão em foco, já que ele tem se limitado a ingerir apenas líquidos em meio a um crítica circunstância política. Essa greve de fome não apenas tem consequências diretas sobre seu estado físico, mas também simboliza um ato de protesto que ressoa com muitos de seus apoiadores e militantes, que veem essa situação como uma batalha contra a injustiça política.
Por fim, Glauber Braga se mantém firme apesar das dificuldades e dos desafios que estão por vir. A continuação de sua presença na Câmara e as decisões que lhe dizem respeito ainda estão em jogo enquanto ele continua a luta por sua dignidade e mandato como deputado federal, esperando que um desfecho favorável possa surgir da sua determinação e resistência.
