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Febre Oropouche: tudo sobre a doença que preocupa Rio, Niterói e São Gonçalo
Atualmente, o estado do Rio de Janeiro enfrenta um alerta significativo devido à febre Oropouche, com 739 casos confirmados. As informações foram repassadas pela Secretaria de Estado de Saúde, que identificou focos da doença em diversos municípios, incluindo Cachoeiras de Macacu, Macaé, Guapimirim, Itaboraí, São Gonçalo, Niterói, Maricá e na capital, Rio de Janeiro. No total, durante o ano de 2024, contabilizou-se 138 casos.
Destes casos confirmados, cerca de 572 ocorreram em Cachoeiras de Macacu, que tem se revelado o município com mais casos até o momento. Em seguida, encontramos Macaé com 163, Guapimirim, que apresenta 119, Itaboraí, com 81, e o Rio de Janeiro com 64 registros. Para Niterói, foram apenas 2 casos confirmados, e em São Gonçalo, 13, enquanto Maricá registrou 2 ocorrências. Vale ressaltar que esses dados são oriundos do sistema SUS-SINAN e estão sujeitos a revisões constantes.
No final de fevereiro, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES-RJ) organizou um treinamento para representantes de todos os municípios fluminenses, com a participação de mais de 200 profissionais de saúde. Foi enfatizada, durante essa reunião, a necessidade de um contato permanente entre a SES e as secretarias municipais, a fim de monitorar a situação da febre Oropouche e desenvolver estratégias eficazes para prevenção e tratamento da doença em todos os 92 municípios do estado.
As secretarias municipais foram alertadas a dar atenção especial em casos envolvendo gestantes.
A SES-RJ reforça a importância de instruir a população sobre medidas preventivas. Algumas dicas incluem o uso de roupas que cubram a pele, aplicação de repelentes e manutenção de locais limpos, além da necessidade de evitar o contato com áreas que possam facilitar a proliferação do inseto maruim, que é o principal transmissor da febre Oropouche.
O que é a febre Oropouche?
A febre Oropouche é uma zoonose provocada por um arbovírus pertencente ao gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. A doença é predominantemente transmitida pela picada do maruim (Culicoides paraensis), um mosquito encontrado em regiões com aglomeração de matéria orgânica, como margens de rios e manguezais. A transmissão acontece quando o mosquito pica um ser humano ou um animal infectado antes de picar uma pessoa saudável, disseminando o vírus.
Sintomas da febre Oropouche
Os sinais clínicos da febre Oropouche começam a se manifestar entre 3 e 8 dias após a picada do inseto. Os sintomas são semelhantes aos da dengue e incluem febre alta de início abrupto, tontura, fadiga intensa, dores de cabeça severas, dores musculares e articulares, manchas vermelhas na pele (exantema), náuseas e vômitos, além de fotofobia, que é a sensibilidade à luz.
Esses sintomas podem persistir entre 2 e 7 dias, e o vírus pode permanecer no sangue do infectado de 2 a 5 dias após o aparecimento das manifestações. Em cerca de 60% dos casos, é possível observar uma recidiva, onde os sintomas podem retornar após uma ou duas semanas das manifestações iniciais. O diagnóstico deve ser realizado por meio de exames laboratoriais específicos que identificam a presença do vírus Oropouche ou a resposta imunológica do organismo. Caso os sintomas apareçam, é crucial que o paciente busque orientação médica imediatamente, pois ainda não existe vacina disponível para essa doença.
Prevenção da febre Oropouche
Atualmente, não há um tratamento específico para a febre Oropouche. Os médicos costumam prescrever medicamentos que aliviam os sintomas, como analgésicos para dor e antitérmicos para controle de febre, mas essas drogas não atacam diretamente o agente causador da infecção. Entretanto, existem várias medidas preventivas que podem ser adotadas para minimizar o risco de infecção:
- Utilizar repelentes de insetos nas áreas onde a doença está presente. Embora não haja evidências sólidas sobre a eficácia dos repelentes contra o maruim, seu uso é recomendado para a proteção contra outras espécies de mosquitos, como os do gênero Culex e Aedes aegypti.
- Instalar telas em janelas e portas para proteger os ambientes internos.
- Eliminar focos de água parada que possam atrair mosquitos.
- Vestir roupas de mangas longas em locais onde há alta concentração de mosquitos.
Em suma, a prevenção e o acompanhamento das orientações de saúde são imprescindíveis para controlar e evitar a propagação da febre Oropouche, assegurando assim a saúde da população.
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