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Japão abre a primeira estação de trem feita com impressora 3D!

Japão inaugura primeira estação ferroviária impressa em 3D

A primeira estação ferroviária impressa em 3D é inaugurada no Japão

Estação ferroviária impressa em 3D no Japão
Foto: Divulgação

A companhia japonesa Serendix anunciou a conclusão da construção da primeira estação ferroviária do mundo, que foi feita por meio da tecnologia de impressão 3D, na cidade de Arida, Japão. Este projeto inovador foi realizado em um tempo recorde — entre a finalização do último trem do dia e a partida do primeiro no dia seguinte, sendo a conclusão total da obra realizada em apenas seis horas.

O desenvolvimento deste projeto contou com a parceria do JR West Japan Group e do escritório de arquitetura japonês Neuob, resultando em um novo abrigo para a Estação Hatsushima que apresenta um teto arqueado. Essa estrutura moderna substitui um antigo abrigo de madeira, construído em 1948.

Estação Hatsushima no Japão
Foto: Divulgação

De acordo com a Serendix, a construção da estação foi realizada usando quatro componentes impressos em 3D, que foram produzidos previamente em uma instalação industrial. A montagem no local da nova estrutura levou ao todo aproximadamente duas horas. Típico de construções deste tipo, o trabalho costuma ocorrer durante a noite, quando os trens não estão em operação, o que normalmente estende o prazo total da obra. No entanto, a metodologia proposta pela Serendix possibilitou uma significativa redução deste tempo.

A nova estação é composta por quatro partes pré-fabricadas: um teto, uma parede traseira e dois módulos laterais que também atuam como piso. A fabricação desses elementos foi realizada ao longo de uma semana, utilizando um braço robótico e uma bico para imprimir cada parte em uma argamassa que seca rapidamente. Após a impressão, foram incorporados vergalhões e concreto para criar uma estrutura mais robusta.

Durante o processo de montagem, as peças foram conectadas com o uso de barras de metal e adesivo, assegurando a fixação adequada da construção. Os dados técnicos indicam que a nova estação possui uma largura de 6,3 metros, uma profundidade de 2,1 metros e um teto arqueado que atinge uma altura de 2,6 metros.

As paredes traseiras da estação foram impressas com relevo, apresentando uma tangerina e um peixe-espada, elementos que representam produtos emblemáticos da área de Arida. O fundador do escritório Neuob, Hiroshi Ota, mencionou que “designs arredondados apresentam custos elevados e são difíceis de serem alcançados em práticas tradicionais de construção que utilizam concreto moldado”. Ele ressaltou que a escolha por formas curvas e suaves foi uma maneira de aproveitar as capacidades exclusivas da impressão 3D.

Detalhes da estação Hatsushima impressa em 3D
Foto: Divulgação

A Serendix também introduziu uma nova técnica durante o processo de impressão. Ao invés de seguir com as camadas convencionais na horizontal, as peças foram impressas verticalmente, gerando um padrão listrado que ajuda a reduzir marcas deixadas pela chuva e facilita a manutenção da estrutura. A empresa ressaltou a importância de testes técnicos que possibilitaram a rotação da saída em 90 graus após o processo de impressão.

A Estação Hatsushima está prevista para ser inaugurada ao público em julho, após a conclusão das obras externas e da instalação dos mecanismos de catracas. A Serendix tem planos de utilizar essa mesma técnica em futuras construções de estações, evidenciando a rapidez e a redução de custos como suas principais vantagens.

A companhia destacou que normalmente, uma construção desse porte utilizando concreto armado exigiria um prazo de um a dois meses. Em adição, o Japão enfrenta uma considerável escassez de mão de obra no setor da construção civil, o que eleva os custos associados. A estação, que foi construída com concreto durável e montada em apenas duas horas, se mostra uma proposta mais econômica e escalável.

Recentemente, a empresa de tecnologia de construção ICON também finalizou uma residência impressa em 3D no Texas e está em fase de desenvolvimento de um novo projeto habitacional em parceria com o arquiteto Michael Hsu.

Fonte: Guia Região dos Lagos

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