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iPhones nos EUA: a maior parte será fabricada na Índia, afirma CEO da Apple

Maioria dos iPhones vendidos nos EUA virá da Índia, diz CEO da Apple

Posicionamento Estratégico da Apple para Minimizar Impactos de Tarifas

O CEO da Apple, Tim Cook, anunciou recentemente iniciativas estratégicas da empresa para mitigar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump. Durante uma declaração feita na quinta-feira (1º), Cook revelou que a maioria dos iPhones comercializados nos Estados Unidos durante o atual trimestre será produzida na Índia. Já os iPads e outros dispositivos tecnológicos terão origem no Vietnã. Essa movimentação busca atenuar as consequências financeiras das tarifas atuais.

Resultados Financeiros Sólidos no Primeiro Trimestre

Nos primeiros três meses do ano, a Apple surpreendeu positivamente ao superar as expectativas do mercado em relação aos seus lucros, impulsionados pela forte demanda por iPhones. Segundo a empresa, ainda que as tarifas tenham tido algum impacto, esse foi limitado nos resultados do período. Para o trimestre em curso, a Apple prevê um aumento de US$ 900 milhões nos custos devido às taxas, mas se mantém otimista quanto à continuidade dos seus negócios.

Para o trimestre inicial do ano, a Apple registrou uma receita de US$ 95,36 bilhões, representando um crescimento de 5,1% em relação aos US$ 90,75 bilhões do mesmo trimestre do ano anterior. Os lucros líquidos também ascenderam para US$ 24,78 bilhões, ou US$ 1,65 por ação, um aumento comparado aos US$ 23,64 bilhões, ou US$ 1,53 por ação, no ano anterior.

Antecipação do Mercado Frente às Tarifas

Os analistas tinham expectativas de lucros na casa de US$ 1,62 por ação, baseados em uma receita prevista neste contexto. Estes números oferecem uma visão panorâmica da situação da Apple antes da ampliação das tarifas anunciadas por Trump, o que provocou turbulências nos mercados financeiros devido ao receio de uma possível guerra comercial que pudesse agravar a inflação e levar a economia dos EUA a uma recessão.

Thomas Monteiro, analista, observou que parte do crescimento nas vendas foi, em parte, motivada pela antecipação dos consumidores em relação ao aumento iminente das tarifas. No entanto, as margens de lucro permaneceram robustas no balanço geral.

Impacto Estratégico das Tarifas no Modelo de Produção da Apple

A dependência da Apple das fábricas chinesas na montagem de iPhones e outros dispositivos a colocou como alvo nas tensões comerciais entre China e EUA, resultantes das políticas de Trump. Esta exposição às fábricas chinesas levou a uma queda de 23% nas ações da Apple após o anúncio das tarifas, resultando em uma perda temporária de US$ 773 bilhões em valor de mercado.

Quando foi indicado que as tarifas de 145% sobre produtos chineses também atingiriam os iPhones, consumidores nos EUA se precipitaram para adquirir novos modelos, temendo que os preços aumentassem logo após a implementação destas tarifas. Contudo, este aumento nas compras só será refletido nos resultados do próximo trimestre.

Esforços Diplomáticos e Econômicos da Apple

Em um esforço para manter um bom relacionamento com o governo Trump, Cook participou de reuniões privadas e contribuiu com US$ 1 milhão para a cerimônia de posse presidencial, estando presente na cerimônia de 20 de janeiro. Além disso, a Apple anunciou planos ambiciosos de investir US$ 500 bilhões nos EUA e contratar 20 mil trabalhadores ao longo dos próximos quatro anos, sinalizando um compromisso contínuo com o crescimento e a manutenção de empregos no país.

Estas ações refirmam a postura estratégica da Apple em face das complexidades comerciais internacionais e sua capacidade de adaptação às novas dinâmicas econômicas globais.

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Foto de Felipe Rabello

Felipe Rabello

Felipe é um dos editores do Guia Região dos Lagos.

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