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Transformação de Terrenos Subutilizados em Hortas Urbanas
Terrenos que ficam sob as linhas de transmissão elétrica possuem limitações para seu uso. Contudo, desde o ano de 2018, o projeto Hortas em Rede vem aproveitando essas áreas subutilizadas, transformando-as em espaços produtivos voltados para a agricultura urbana. Essa ação já impactou positivamente a vida de numerosos agricultores, promovendo geração de renda, acesso a alimentos saudáveis e fortalecimento das comunidades em regiões com alta vulnerabilidade social.
Atualmente, existem 50 hortas ativas sob a responsabilidade da Enel São Paulo, com 75 agricultores cadastrados, sendo um exemplo concreto de como é possível integrar sustentabilidade com impacto social.
“É fundamental considerar fatores como a gestão de resíduos, o estado das áreas, a viabilidade econômica e, sobretudo, o efeito socioambiental que essa horta causará na vida dos agricultores e na comunidade. A nossa principal meta é a inclusão social e a inovação”, observa Carolina Afonso, coordenadora do projeto, ressaltando que o simples ato de escolher um terreno não é suficiente para iniciar o cultivo.
Para celebrar os avanços do projeto, a Enel promoveu, no final de novembro, o Simpósio Hortas em Rede, que contou com a presença de representantes de diversas esferas, incluindo ministérios e organizações da sociedade civil, além de especialistas do Sampa + Rural e agricultores, para discutir o futuro da agricultura urbana e periurbana como uma ferramenta de transformação social.
Resultados do Projeto
O simpósio não apenas serviu para troca de informações, mas também para o lançamento do Relato de Impacto do projeto Hortas em Rede. “O Hortas em Rede é mais do que uma iniciativa de agricultura urbana; representa uma mudança social que afeta a vida de milhares de pessoas”, afirma Guilherme Lencastre, presidente da Enel Distribuição São Paulo.
Um estudo desenvolvido em colaboração com as entidades Pé de Feijão, Baanko e Enel apontou resultados significativos na pesquisa:
- Todos os participantes (100%) relataram melhorias em sua condição física;
- 93,6% notaram benefícios diretos à saúde graças ao acesso a alimentos frescos e nutritivos;
- 85,2% destacaram um aumento na integração entre os membros da comunidade;
- 74,1% mencionaram uma economia nas despesas domésticas;
- 66,7% notaram um incremento na diversidade da fauna local.
Esses dados reforçam a capacidade do projeto em unir impactos sociais, ambientais e econômicos, transformando-o em um modelo de agricultura que é tanto eficiente quanto sustentável. “Estamos satisfeitos com os resultados obtidos e visamos expandir essa iniciativa para outras regiões do Brasil”, assegura o presidente da Enel Distribuição São Paulo.
No dia seguinte ao simposé, 27 de novembro, os participantes tiveram a oportunidade de visitar hortas em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo. Durante essa visita, puderam observar de perto a rotina dos agricultores, que utilizam os espaços para produzir uma variedade de hortaliças, frutas e verduras.
O sucesso do projeto chamou a atenção de diferentes grupos sociais. Autoridades dos ministérios de Minas e Energia, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento Social estavam presentes e enfatizaram a necessidade de políticas públicas que favoreçam a agricultura urbana e periurbana.
“A agricultura urbana é uma ferramenta poderosa para a geração de emprego e renda, e as políticas públicas precisam ser moldadas para apoiar iniciativas como essa”, destacou Raquel Pereira de Souza, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Caminhos para uma Agricultura Urbana Sustentável
No decorrer do evento, diversos agricultores compartilharam suas experiências e relataram como o projeto influenciou suas vidas. Rafael Maroni, um agricultor de São Mateus e beneficiário do Hortas em Rede, declarou que o cultivo de hortaliças se tornou sua principal fonte de renda e trouxe novos horizontes para sua vida. “A agricultura é uma tradição em minha família, e hoje, ao cultivar alface, consigo não somente garantir o nosso sustento, mas também impacto positivo na comunidade”, conta ele.
Elisa Carvalho, pesquisadora do Ministério do Desenvolvimento Social, enfatizou a urgência de se combater a insegurança alimentar em um contexto de mudanças climáticas: “É crucial ocupar áreas urbanas e periurbanas com projetos que fusionem serviços ambientais e sociais. A agricultura tem um espaço em todas as áreas disponíveis”.
O projeto Hortas em Rede reafirma que a produção agrícola em ambientes urbanos e periurbanos pode ser uma poderosa alavanca de transformação social e ambiental, evidenciando que, por meio de parcerias estratégicas e ações integradas, é possível formar comunidades mais sustentáveis, inclusivas e resilientes. A abordagem das questões do setor elétrico é, nesse contexto, uma questão transversal.
“O projeto Hortas em Rede destaca-se por conciliar eficiência energética com impacto social. Essa proposta é inovadora e traz proveitos diretos para as comunidades, uma vez que a agricultura urbana serve como um potente mecanismo de geração de emprego e renda, além de demandar o suporte de políticas públicas”, afirmou Andréa Naritza Silva Marquim de Araújo, do Ministério de Minas e Energia.
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