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Influenciadora Luiza Ferreira de Cabo Frio apaga vídeos sobre golpe do Tigrinho após operação

Investigada na Operação Desfortuna, influenciadora ostentava luxo nas redes e vendia um estilo de vida falso baseado em promessas de ganho fácil

Influenciadora de Cabo Frio é alvo de operação policial e deleta conteúdos digitais

Às vésperas da Operação Desfortuna, a influenciadora digital Luiza Ferreira, conhecida como “Safira do Deserto”, de Cabo Frio, apagou diversos vídeos e stories em que ensinava seus seguidores a apostar em plataformas ilegais, como o “Jogo do Tigrinho”. Segundo a Polícia Civil, esses conteúdos mostravam Luiza orientando como “ganhar dinheiro fácil”, mas na realidade, apenas os influenciadores se beneficiavam das apostam enquanto os usuários sofriam prejuízos.

Esquema de jogos ilegais e ostentação nas redes sociais

Natural de Cabo Frio, Luiza Ferreira era conhecida por exibir um estilo de vida luxuoso nas redes sociais. Ela frequentava viagens internacionais, usava roupas de grife, perfumes caros e participava de jantares sofisticados. No entanto, essa imagem começou a desmoronar quando a residência de Luiza, situada na Estrada do Guriri, passou por uma busca e apreensão nesta quinta-feira, 7 de setembro, como parte de uma operação que visa desmantelar uma organização criminosa especializada em jogos de azar online.

O inquérito, conduzido pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), revelou que Luiza promovia o esquema utilizando uma estratégia agressiva de marketing digital. Ela simulava ganhos em tempo real nas apostas, usava rendimentos falsos para enganar seus seguidores e criava uma persona mística — a “Safira do Deserto” — para atrair principalmente o público feminino, prometendo independência financeira por meio de métodos rápidos.

Provas de estelionato digital e lavagem de dinheiro

Em um dos vídeos, que foi acessado por um portal de notícias antes de ser deletado, Luiza orientava seus seguidores a “clicarem no link e confiarem no universo”. Ela garantia que “bastava manter a fé e continuar apostando”, mesmo quando as perdas eram significativas. Para os investigadores, o vídeo é uma prova concreta de estelionato digital.

A polícia investiga se Luiza recebia comissões proporcionais às perdas de seus seguidores, um método conhecido como “perda revertida”, pelo qual os influenciadores lucram à medida que os apostadores perdem. Além disso, há suspeitas de lavagem de dinheiro através de contas laranja, transferências em criptomoedas e empresas de fachada.

Outros influenciadores envolvidos na Operação Desfortuna

Luiza Ferreira, que não possui empresa registrada em seu nome, é apontada como uma das mais ativas divulgadoras do esquema. Com mais de 112 mil seguidores, ela é a única da Região dos Lagos a ser mencionada nominalmente nos documentos da operação. Outros influenciadores também foram alvo da ação, incluindo Bia Miranda, Jenny Miranda, Maumau ZK, Tailane Garcia e Buarque, que juntos possuem mais de 35 milhões de seguidores e movimentaram aproximadamente R$ 4,5 bilhões de origem suspeita.

Detalhes financeiros dos investigados

A polícia destaca que os investigados ostentavam uma vida de luxo desproporcional à renda declarada. Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontam movimentações bancárias suspeitas que ultrapassam R$ 4 bilhões em contas pessoais, fintechs e empresas de fachada.

A operação, que integra um grupo criminoso bem estruturado, com divisão de tarefas entre influenciadores, operadores financeiros e consultores digitais, pode resultar em denúncias formais contra Luiza Ferreira por crimes como estelionato, lavagem de dinheiro, publicidade enganosa, crime contra a economia popular e formação de quadrilha.

Impacto na imagem e futuro da influenciadora

Com a imagem fragilizada e o histórico digital apagado de forma apressada, a “Safira do Deserto” enfrenta a possibilidade de que seu nome, antes símbolo de luxo e sucesso, seja vinculado a um golpe digital que destruiu as esperanças de milhares de seguidores.

Fonte da Notícia: Plantão Guia Região dos Lagos

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Foto de Editorial GRDL

Editorial GRDL

Editorial do Guia Região dos Lagos

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