Denúncia de atendimento inadequado em UPA de Araruama ganha força nas redes sociais
No dia 28 de agosto, uma moradora de Araruama, identificada como Amanda Garcia, fez uma séria denúncia através de um vídeo postado no TikTok. Ela relatou que seu filho, de quase dois anos, foi atendido por uma mulher que, segundo ela, não era uma médica qualificada, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. O vídeo rapidamente viralizou, ultrapassando a marca de 70 mil visualizações.
Amanda descreveu que levou seu filho à UPA após ele reclamar de dores em um caroço na região das nádegas. Em seu relato, a mãe afirmou que o atendimento foi apressado e que a profissional que os atendeu não tinha as características de uma médica. “Eu não sei explicar, mas não parecia médica. Eu informei que ele estava com um caroço e reclamando de dores, e a mulher disse que, aparentemente, não era nada”, relatou.
De acordo com Amanda, a suposta médica sugeriu que o caroço poderia ser resultado de uma queda que seu filho havia sofrido, o que ela contestou de imediato. “Meu filho não caiu, então qualquer profissional sério a essa altura perguntaria se ele tomou alguma vacina ou injeção recentemente, como já havia sido perguntado na triagem. Mas essa mulher não perguntou nada e apenas afirmou que não era nada”, afirmou em tom de indignação.
A mãe ainda revelou que, mesmo com suas insistências sobre a gravidade da situação, a atendente minimizou suas preocupações e indicou que procurasse uma clínica particular, além de emitir uma receita médica. Amanda, desconfiada, decidiu conferir o CRM (Cadastro Regional de Medicina) da profissional que constava na receita. “Quando confirmei, percebi que a pessoa que me atendeu não era a mesma indicada no carimbo”, explicou. Segundo ela, a médica registrada era “loira, de olhos claros e mais velha”, enquanto a mulher que atendeu seu filho era “morena, mais jovem e aparentava ter cerca de 30 anos”.
Amanda relatou ainda que, durante sua estadia na UPA, observou várias crianças sendo atendidas pela mesma pessoa que atendeu seu filho. Apesar de ter condições financeiras para levá-lo a um pediatra particular, expressou sua preocupação com as outras famílias que dependem do sistema público de saúde. “Isso é extremamente sério, principalmente quando se trata de crianças. Eu vi muitas crianças sendo atendidas e saindo de lá, entende?”, ressaltou, acrescentando que “Vou levar meu filho ao pediatra. Mas e aquelas famílias que não têm como custear? Afinal, a UPA deveria servir a todos, não é? Se a pessoa pode pagar ou não, todos deveriam ter o mesmo direito ao atendimento. E agora, quem não consegue pagar precisa lidar com pessoas que estão brincando de médico”.
Depois do ocorrido, Amanda tentou comunicar a situação à polícia, mas não teve sucesso em obter uma resposta imediata. “Eu liguei para a polícia, mas ninguém atendeu”, disse. Entretanto, a denúncia foi registrada por meio do Disque Denúncia. Nas redes sociais, muitos usuários recomendaram que ela fizesse um boletim de ocorrência formal sobre a situação.
A mãe aproveitou a oportunidade para alertar outras famílias sobre a importância de verificar a autenticidade dos profissionais de saúde, especialmente quando há dúvidas sobre a capacidade delas. “Se você não tiver certeza se uma pessoa realmente parece médica ou se algo está estranho, sempre procure pelo CRM, porque na foto você pode comparar”, aconselhou.
Até o momento, o vídeo de Amanda atingiu 71,7 mil visualizações. Em resposta a essa denúncia, o Portal RC24h buscou informações junto à prefeitura de Araruama, questionando sobre a situação relatada. Em comunicado, a prefeitura informou que não havia recebido denúncias ou reclamações que corroborassem o relato feito por Amanda.