Mãe acusa Hospital da Mulher, em Cabo Frio, de negligência e homicídio culposo
Uma moradora de Cabo Frio, Laysa Vitória, passou por um momento de grande dor e tragédia após perder a filha 12 horas após o parto. Ela acusa médicos do Hospital da Mulher, no bairro do Braga, de negligência e homicídio culposo. Laysa afirma que se não tivesse sido forçada a tentar o parto normal por tanto tempo, sua filha estaria viva, já que nasceu “perfeita ao mundo” e realizou o pré-natal corretamente.
De acordo com o relato de Laysa, o pesadelo começou no sábado, quando ela procurou o Hospital da Mulher com fortes dores. No entanto, foi mandada embora e passou todo o domingo sentindo muita dor. Na segunda-feira, acordou não aguentando mais de dor e retornou ao hospital às 14h. Lá, ela ficou em trabalho de parto até às 7h da terça-feira, momento em que sua bolsa estourou.
Laysa conta que, quando finalmente foi encaminhada para a sala de cirurgia, os médicos tentaram mais uma vez realizar o parto normal. Porém, como já não havia mais possibilidade, foi feita uma cesariana, e o bebê nasceu com insuficiência respiratória. Segundo ela, mesmo gritando de dor e sem ter passagem para o bebê, foi ignorada.
A recém-nascida foi encaminhada para a UTI Neonatal após o parto, onde ficou internada até às 20h, momento em que não resistiu e morreu. Inconformada com a situação, Laysa foi à delegacia acompanhada do pai da criança e amigas para registrar um boletim de ocorrência, acusando o hospital de negligência e homicídio culposo.
A prefeitura de Cabo Frio foi questionada sobre o caso e respondeu que prestou toda a assistência médica para a criança, garantindo suporte e estabilidade para o transporte até a UTI Neonatal. No entanto, alegou que o quadro clínico do bebê precisava de estabilidade, o que não foi possível. A prefeitura lamentou o ocorrido e se solidarizou com os familiares, reforçando que ofereceu toda a assistência desde a entrada na unidade hospitalar.
Este tipo de situação é extremamente doloroso para as famílias envolvidas. A partida de um filho é uma tragédia sem tamanho, e a dor só é aumentada quando há a suspeita de negligência médica. É fundamental que casos como esse sejam investigados de forma séria e imparcial, para que haja um esclarecimento dos fatos e, se for o caso, a responsabilização dos envolvidos.
Imagem 1:
Hospital da Mulher, local onde ocorreu o parto
Imagem 2:
Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal
Imagem 3:
Familiares lamentam a perda da recém-nascida
Imagem 4:
Delegacia onde foi registrado o boletim de ocorrência
Essa triste história levanta questões importantes sobre a qualidade do atendimento médico e a importância de uma atenção adequada às gestantes. É necessário que os profissionais de saúde estejam preparados para avaliar cada caso de forma individualizada, respeitando as necessidades e desejos da gestante, além de estarem prontos para tomar decisões rápidas e assertivas em situações de emergência.
Esta notícia serve como um alerta para a importância do diálogo e do respeito no atendimento médico. É fundamental que os profissionais tenham empatia e considerem a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê acima de qualquer protocolo ou procedimento. A vida de uma pessoa está em jogo, e é responsabilidade dos profissionais de saúde garantir que ela seja preservada da melhor forma possível.
Infelizmente, histórias como essa ainda são recorrentes em nosso país. É preciso investir em treinamento e capacitação dos profissionais de saúde, além de realizar fiscalizações rigorosas nos hospitais e maternidades, a fim de garantir um atendimento de qualidade e evitar tragédias como essa.
Que a justiça seja feita e que Laysa e sua família encontrem conforto e paz em meio a tamanha dor. Que casos como esse sirvam de alerta para a necessidade de se repensar e melhorar o sistema de saúde, visando garantir um atendimento humano e seguro para todas as gestantes e recém-nascidos. A vida é um presente precioso que merece ser cuidado e protegido.