Governo identifica maldade em Gremlins

Para o governo, Gremlins não são tão inocentes assim

Filme “Gremlins” tem classificação indicativa alterada pelo Ministério da Justiça

Uma comédia de terror que não é tão inocente assim

Quase 40 anos após sua estreia nos cinemas de todo o mundo, o filme “Gremlins” teve sua classificação indicativa revista pelo Ministério da Justiça brasileiro. O despacho assinado nesta segunda-feira, 11 de outubro, alterou a classificação da obra de “Livre” para “Não recomendado para menores de 12 anos”. A mudança ocorreu após uma denúncia anônima que apontou a presença de violência, medo e drogas lícitas no longa-metragem.

Foto: Warner Bros./Reprodução

A Coordenação de Política de Classificação Indicativa, responsável por classificar obras audiovisuais inéditas e revisar obras já classificadas, levou em consideração a denúncia feita pela sociedade a respeito de “Gremlins”. O filme, que apresenta fofinhos monstros que não podem ser alimentados após a meia-noite, foi considerado pela coordenação como uma produção que contém elementos de violência, medo e drogas lícitas.

Revisões anteriores e situações curiosas

O Ministério da Justiça, por meio do órgão responsável pela classificação indicativa, tem o papel não apenas de classificar obras audiovisuais inéditas, mas também de revisar obras já classificadas. Dessa forma, a sociedade pode apresentar queixas a respeito de conteúdos que considera inadequados para determinadas faixas etárias.

Em junho deste ano, o desenho “Branca de Neve e os Sete Anões” passou por uma revisão, mas a classificação do filme, lançado em 1937, não foi alterada. Outro exemplo é o filme “Dirty Dancing”, que teve sua classificação modificada de “não recomendado para menores de 10 anos” para a faixa dos 12 anos após uma reclamação ter sido aberta. Já o conhecido filme “Titanic” teve sua classificação alterada para maiores de 12 anos, 21 anos após uma reclamação ter sido registrada.

Imagem do filme Branca de Neve e os Sete Anões
Foto: Disney/Reprodução

Críticas à nova classificação de “Gremlins”

A revisão da classificação de “Gremlins” para “Não recomendado para menores de 12 anos” gerou controvérsias e críticas por parte de alguns especialistas e fãs do filme. Para eles, a obra é uma comédia de terror com elementos fantasiosos e não apresenta cenas de violência de fato. O argumento é de que a decisão do Ministério da Justiça pode prejudicar o acesso do público mais jovem a um clássico do cinema.

A importância da classificação indicativa

A classificação indicativa é uma ferramenta essencial para orientar pais e responsáveis na escolha do conteúdo apropriado para crianças e adolescentes. Ela tem como objetivo proteger a integridade e o desenvolvimento saudável desses indivíduos, evitando a exposição a conteúdos inapropriados para suas faixas etárias.

Entretanto, é importante que a classificação seja realizada de forma justa e equilibrada, considerando o contexto e as particularidades de cada obra. O debate em torno da classificação indicativa de filmes como “Gremlins” reforça a necessidade de uma análise cuidadosa, levando em conta não apenas o conteúdo explícito, mas também sua intenção e contexto.

Conclusão

A mudança na classificação indicativa do filme “Gremlins”, de “Livre” para “Não recomendado para menores de 12 anos”, gera discussões sobre a adequação da decisão do Ministério da Justiça. As revisões realizadas pelo órgão são importantes para garantir que o público tenha acesso a conteúdos apropriados para suas faixas etárias, porém é fundamental que as análises sejam feitas de forma justa e considerando as peculiaridades de cada obra.

O debate em torno da classificação indicativa é essencial para aprimorar o sistema, garantindo que a proteção das crianças e dos adolescentes seja conciliada com o acesso à cultura e ao entretenimento. É preciso buscar um equilíbrio entre a preservação da integridade dos jovens e a disponibilidade de obras de qualidade e relevância.

Imagem do filme Dirty Dancing
Foto: Vestron Pictures/Reprodução

Portanto, é necessário continuar acompanhando as discussões sobre a classificação indicativa e buscar soluções que atendam aos interesses de todos os envolvidos, garantindo que o acesso à cultura seja amplo e democrático, sem deixar de lado a proteção das crianças e adolescentes.

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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