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Google em xeque: criadora do ChatGPT demonstra interesse em adquirir o Chrome

Julgamento do Google: dona do ChatGPT diz que se interessa em comprar o Chrome

Justiça dos EUA Examina Venda do Chrome em Caso de Monopólio do Google

A justiça norte-americana está atualmente avaliando a venda do navegador Chrome, uma proposta defendida por autoridades dos Estados Unidos como medida para reduzir a supremacia do Google no mercado de buscas. Durante um julgamento realizado nesta terça-feira (21), foi revelado que a OpenAI, conhecida por seu avançado sistema de inteligência artificial ChatGPT, tem interesse em adquirir o navegador.

Posição do Departamento de Justiça dos EUA

O Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos é o autor da ação legal que busca desmembrar o Google. O departamento recrutou Nick Turley, diretor de produto da OpenAI, como testemunha para reforçar a acusação de práticas monopolistas por parte da gigante tecnológica. Segundo o juiz Amit Mehta, a empresa teria infringido leis de concorrência em agosto do ano passado.

O presente julgamento gira em torno da definição de quais medidas corretivas devem ser adotadas. Uma das possibilidades em discussão é a venda do navegador Chrome, com a intenção de reduzir a influência do Google no setor de buscas. No entanto, a empresa declarou que pretende apelar de qualquer decisão que envolva a venda de seus ativos.

Disputa pela Liderança em Inteligência Artificial

Ao longo do julgamento, advogados do Departamento de Justiça forneceram uma visão detalhada sobre a corrida pela liderança no campo da inteligência artificial, envolvendo grandes empresas de tecnologia e emergentes startups. O domínio do Google nas pesquisas poderia, de acordo com os procuradores, oferecer vantagens injustas à companhia nessa competição.

Turley relatou que o Google rejeitou uma proposta para integrar os serviços de busca ao ChatGPT, algo que teria facilitado a resolução de dificuldades que a OpenAI enfrentava na época com o motor de busca anterior, que não foi nomeado. Atualmente, o ChatGPT utiliza o Bing, da Microsoft, como tecnologia subjacente para buscas.

No contexto do julgamento, a OpenAI destacou que colaborações múltiplas, especificamente com a API do Google, poderiam resultar em melhorias significativas para os usuários.

Posição do Google

A defesa do Google argumentou que há uma concorrência robusta no setor de inteligência artificial, mencionando produtos da Microsoft e da Meta como exemplos. Documentos apresentados pelo advogado do Google apontam que, em 2024, Turley comentou que o ChatGPT estava à frente no mercado de chatbots, e não considerava o Google como um concorrente direto naquele momento.

No entanto, Turley clarificou que a mensagem tinha o intuito de inspirar a equipe da OpenAI e que, ao mesmo tempo, a startup teria se beneficiado de parcerias para expandir sua distribuição de serviços.

Acordos de Exclusividade e Parcerias

O julgamento também lançou luz sobre os acordos firmados pelo Google que garantiam exclusividade de seus produtos em dispositivos Android, o sistema operacional mais utilizado globalmente. Esses contratos, firmados em 2024, incluíam exclusividade não apenas para o serviço de buscas, mas também para o navegador Chrome e a ferramenta Gemini AI.

Após a constatação de práticas anticompetitivas, o Google teria flexibilizado esses acordos, permitindo que parceiros oferecessem alternativas de buscadores. Este movimento faz parte das estratégias da empresa para ajustar-se às exigências legais e regulatórias.

Em síntese, o julgamento em curso busca estabelecer diretrizes que possam regular o domínio do Google e promover um ambiente mais competitivo e justo no setor de tecnologia e buscas.

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Foto de Felipe Rabello

Felipe Rabello

Felipe é um dos editores do Guia Região dos Lagos.

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