Mulher denuncia assédio de garçom em Araruama; investigações sobre LGBTfobia continuam
Na última terça-feira (12), Emily Coutinho, envolvida em uma polêmica na cidade de Araruama, procurou a delegacia local para apresentar sua versão dos fatos que têm gerado grande repercussão. O caso envolve o garçom Matheus de Souza, que alegou ter sido vítima de agressões físicas e ataques homofóbicos em seu local de trabalho.
Relatos de Assédio e Busca por Justiça
Emily Coutinho alega que vem sofrendo assédio por parte de Matheus há semanas, recebendo insistentes convites para um relacionamento a três com ele e sua esposa. Segundo suas palavras, ela pediu repetidamente para que ele respeitasse seus limites, mas suas solicitações nunca foram atendidas. Emily afirmou que testemunhas no local, entre colegas de trabalho, podem confirmar o comportamento inadequado do garçom.
Com o objetivo de esclarecer o episódio, Emily dirigiu-se à delegacia com a intenção de buscar justiça, destacando que não tem interesse em mídia ou compensação financeira. “Apenas quero justiça, pois as acusações são graves e não correspondem à verdade”, ressaltou. A jovem enfatizou que foi criada em um ambiente familiar por dois homens, onde o respeito e os limites sempre foram princípios fundamentais.
Investigação Policial em Andamento
O caso de Matheus e sua esposa, Isadora, permanece sob investigação da Polícia Civil. Matheus assegura ter sido agredido física e verbalmente no estabelecimento onde trabalha, após um desentendimento com Emily. As alegações incluem ofensas homofóbicas e ameaças de morte, registradas sob a acusação de lesão corporal e ameaça, agravadas por preconceito em razão da orientação sexual e identidade de gênero.
Isadora, em declarações anteriores, relatou que o casal buscou assistência médica e policial sem o apoio da empresa ou das autoridades locais. Eles receberam apoio da vereadora Benny Briolly, de Niterói, e estão organizando um protesto contra a transfobia, que ocorrerá na próxima sexta-feira (15), na Praça da Bíblia, em Araruama, com a participação de ONGs e entidades LGBTQIA+ da Região dos Lagos.
Próximos Passos e Repercussão
A Polícia Civil continua a apurar os fatos, ouvindo testemunhas e analisando as evidências para determinar os procedimentos judiciais que serão adotados. O inquérito agora inclui tanto as acusações de agressão e LGBTfobia feitas por Matheus, quanto as alegações de assédio relatadas por Emily.
O caso tem chamado atenção não apenas pela gravidade das acusações, mas também pela mobilização local em torno das questões de direitos LGBTQIA+. A presença de entidades e figuras públicas no ato de repúdio promete intensificar ainda mais o debate sobre o respeito e a igualdade de direitos na região.
Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos
