Nova frente fria avança no Brasil, mas calor persiste até o final de semana em SP
Uma nova frente fria está se aproximando do Brasil, prometendo trazer alívio para as altas temperaturas, mas a notar-se essa mudança, especialmente na região Sudeste, poderá demorar até o começo da próxima semana. A Defesa Civil do estado de São Paulo atualizou o alerta sobre as altas temperaturas em toda a região paulista, que deverá durar até o próximo domingo (9).
Os moradores do interior enfrentarão as temperaturas mais elevadas. Regiões como Presidente Prudente e Marília, por exemplo, poderão registrar termômetros alcançando até 37ºC. Na sequência, as áreas de São José do Rio Preto e Araçatuba também sentirão o calor, com temperaturas que poderão atingir 36ºC.
Na capital paulista, cidade e região metropolitana, as temperaturas podem chegar a 31ºC ao longo desta semana. Por outro lado, na Baixada Santista e na Serra da Mantiqueira, a expectativa é que os termômetros marquem temperaturas um pouco mais amenas, variando entre 28ºC e 27ºC, respectivamente.
Expectativa da chegada da frente fria
Conforme informações do Climatempo, a frente fria deve avançar pela noite de sábado (8), com sua chegada inicial no Rio Grande do Sul. Neste estado, as temperaturas já estão em queda após dias de calor intenso. A expectativa é que apenas na segunda-feira (10) essa organização de ar frio alcance a região Sudeste, proporcionando uma pausa no calor excessivo dos últimos dias. Além de diminuir as altas temperaturas, essa mudança atmosférica permitirá o retorno das chuvas, especialmente na faixa leste do estado.
De acordo com os meteorologistas, podem ocorrer quedas de até 6°C nas máximas do Rio Grande do Sul, o que será percebido de forma significativa pela população. Em contrapartida, no Sudeste, as temperaturas devem continuar elevadas, e qualquer eventual resfriamento não deve durar muito tempo.
Fatores que influenciam o clima intenso
Em meio a esses relatos, no dia 24 de janeiro, após um dia chuvoso que causou grandes transtornos na cidade de São Paulo, o Climatempo destacou que uma série de fatores, tanto isolados quanto combinados, têm impactado o clima. O fenômeno La Niña, o aquecimento das águas do oceano Atlântico, a presença de zonas de convergência, além dos efeitos das mudanças climáticas, estão entre as causas que impulsionam esses eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes, exigindo um monitoramento constante por parte da sociedade e instituições, públicas e privadas.
A intensidade da chuva registrada em 24 de janeiro foi a mais severa já observada na capital paulista em um intervalo de 24 horas desde 1988. Essa situação foi desencadeada pelo calor excessivo associado à umidade atmosférica, complementada pela presença de uma frente fria no mar e o deslocamento de ventos com tendências ciclônicas no oceano.
A meteorologista Ana Clara Marques, do Climatempo, explica que os fenômenos climáticos locais, que impactam de forma significativa áreas específicas, são cada vez mais comuns, diferentemente dos fenômenos de grande escala, que afetam regiões inteiras. Esses eventos de rápida mudança de tempo provocam chuvas incapacitantes, ventos fortes e relâmpagos, entre outras ocorrências, e estão se espalhando por várias partes do Brasil.
A análise do Climatempo sugere que o auge do fenômeno La Niña ocorreu em janeiro, mas deverá se dissipar até o final do verão. Por outro lado, as ondas de frio estão previstas para começar mais cedo, possivelmente em março. A meteorologista também ressalta que, ao contrário de 2024, o inverno deste ano deverá ser marcado por temperaturas mais baixas.
A informação que acompanha esta notícia está disponível para leitura na íntegra no portal CicloVivo. A repercussão dessas condições climáticas exigirá atenção e adequação constante de todos os envolvidos na gestão de recursos e cidadania em face das mudanças constantes no tempo.
