Força-tarefa em Maricá busca origem de poluente que afetou 2 milhões de pessoas sem água no RJ
Força-tarefa investiga poluente que deixou 2 milhões sem água no RJ
Sistema de abastecimento é religado após níveis serem estabilizados
O sistema que fornece água tratada às cidades de São Gonçalo, Niterói e Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, além de parte de Maricá, na Região dos Lagos, e à Ilha de Paquetá, na capital, ficou temporariamente interrompido após a contaminação por um poluente ainda não identificado. A interrupção no abastecimento afetou cerca de 2 milhões de pessoas.
Segundo a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), o incidente ocorreu na última sexta-feira (5) e a força-tarefa responsável pela apuração do ocorrido já está em ação. Após os níveis de contaminação serem estabilizados, a unidade foi religada e o fornecimento de água foi normalizado ao longo do fim de semana.
Investigação aponta 16 empresas suspeitas de contaminação
Agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), com o apoio de outras unidades da Polícia Civil e do Inea, cumpriram mandados de busca em 16 empresas suspeitas de utilizarem tolueno em seu processo de produção. Quatorze dessas empresas estão localizadas no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Até o momento, responsáveis por seis das empresas suspeitas foram intimados a prestar esclarecimentos sobre o incidente. A Justiça também determinou a apreensão de amostras de tolueno nessas empresas, a fim de compará-las com o material coletado pela Cedae no manancial de Imunana-Laranjal.
Ação conjunta entre autoridades
A contaminação da água que afetou o abastecimento de milhões de pessoas no Rio de Janeiro mobilizou uma ação conjunta entre as autoridades responsáveis. A Cedae, responsável pelo fornecimento de água, atuou em parceria com a Polícia Civil, o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e a Justiça para investigar o ocorrido e identificar os responsáveis pela contaminação.
A força-tarefa criada para investigar o incidente possui equipes especializadas em proteção ao meio ambiente e na defesa dos serviços delegados. O objetivo é esclarecer os detalhes da contaminação, identificar os poluentes envolvidos e tomar as medidas necessárias para evitar que eventos semelhantes ocorram no futuro.
Impactos na população e no meio ambiente
A contaminação da água pela substância tóxica causa graves impactos tanto na saúde da população quanto no meio ambiente. O tolueno é um composto químico utilizado em diversos processos industriais, mas sua presença na água potável pode representar riscos à saúde humana.
A exposição ao tolueno pode causar irritação na pele, nos olhos e nas vias respiratórias. Além disso, sua ingestão pode afetar o sistema nervoso central, causando tonturas, dores de cabeça, náuseas e até mesmo danos aos órgãos internos.
No meio ambiente, a presença de tolueno em corpos d’água pode afetar a biodiversidade e provocar a morte de diversos organismos aquáticos. Além disso, pode contaminar o solo e prejudicar a qualidade da água em fontes naturais, comprometendo o abastecimento humano e a manutenção dos ecossistemas.
Medidas emergenciais e prevenção de futuras contaminações
A Cedae, em conjunto com as autoridades competentes, já adotou diversas medidas emergenciais para garantir que o abastecimento de água seja restabelecido e que a população não corra riscos à saúde.
A retomada do fornecimento de água ocorreu após a estabilização dos níveis de contaminação, garantindo que a água esteja própria para o consumo. Além disso, a força-tarefa está empenhada em identificar as empresas responsáveis pela contaminação e aplicar as devidas punições previstas em lei.
Para prevenir futuras contaminações e proteger o meio ambiente, é fundamental que as indústrias adotem medidas de controle e segurança em seus processos de produção. A fiscalização por parte dos órgãos competentes também é essencial para garantir que essas medidas sejam cumpridas e para identificar possíveis irregularidades antes que ocorram danos à saúde e ao meio ambiente.
A população, por sua vez, deve estar atenta aos cuidados com a água que consome. Além de acompanhar as informações fornecidas pela Cedae e pelas autoridades, é importante adotar práticas individuais de preservação ambiental, evitando o descarte inadequado de resíduos químicos e o uso consciente e responsável dos recursos hídricos.
Considerações finais
A contaminação da água potável no Rio de Janeiro causou transtornos para milhões de pessoas, afetando o abastecimento e colocando em risco a saúde da população. A ação conjunta entre as autoridades competentes é fundamental para investigar o ocorrido, identificar os responsáveis e adotar as medidas necessárias para prevenir futuras contaminações.
A preservação do meio ambiente e a segurança no abastecimento de água devem ser prioridades para garantir a saúde e o bem-estar de todos. É fundamental que empresas e órgãos públicos trabalhem juntos na busca por soluções sustentáveis e na promoção de ações de prevenção, visando a proteção dos recursos hídricos e do meio ambiente como um todo.
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Fonte da Notícia: Plantão Guia Região dos Lagos