Araruama: Investigação Sonda Uso Indevido de R$ 82 Milhões em Iluminação Pública
A cidade de Araruama, situada na Região dos Lagos, enfrenta uma grave crise de iluminação pública, desencadeada por acusações de má gestão e possível desvio de verba pública pela administração anterior. Entre os anos de 2021 e 2024, sob a liderança da ex-prefeita Lívia de Chiquinho, foram arrecadados aproximadamente R$ 82 milhões através da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP). No entanto, o investimento adequado desses recursos tornou-se motivo de especulação e indignação, uma vez que a cidade permaneceu em trevas.
Cidades às Escuras e Crescente Insegurança
A falta de manutenção e operação nos sistemas de iluminação pública impactou diretamente a segurança dos moradores. É crescente o número de relatos de residentes de bairros como Parque Mataruna, Fazendinha, Boa Perna, Areal, Ponte dos Leites e São Vicente, que se queixam do abandono e da insegurança que se instalaram na cidade. A ausência de luz nos postes públicos intensificou a sensação de medo e expôs a população a riscos elevados de criminalidade.
Falta de Transparência e Indícios de Desvio
Durante a gestão de Lívia de Chiquinho, não foram fornecidos relatórios ou documentações que esclarecessem o destino do montante arrecadado. O silêncio e a falta de prestação de contas aumentaram a desconfiança e as acusações de que o dinheiro poderia ter sido desviado para outros fins, gerando um fardo para a administração atual e para a população que se sente lesada.
Novo Governo, Novos Desafios
Desde janeiro de 2025, a nova prefeita, Daniela Soares, enfrenta o desafio de restaurar a iluminação pública e, por conseguinte, a segurança dos habitantes de Araruama. Sem registros financeiros ou técnicos herdados da gestão anterior, o governo atual trabalha para reconstituir o funcionamento do sistema de iluminação praticamente do zero. A tarefa é árdua, mas essencial para devolver dignidade e proteção aos habitantes.
Pressão por Investigações e Resultados
Diante do cenário nebuloso, a pressão sobre os órgãos de fiscalização e o Ministério Público para investigarem o caso é crescente. A população clama por justiça e responsabilização daqueles que, supostamente, contribuíram para esse caos. A ex-prefeita, Lívia de Chiquinho, já é vista por muitos como uma figura de retrocesso e má administração. O caso está sendo olhado como um exemplo de uma gestão que cobrava caro pela iluminação, mas entregou escuridão.
Este episódio de Araruama é um alerta para a importância da transparência e da responsabilidade no uso de recursos públicos. Com investigações em andamento, a expectativa é que os detalhes sobre o uso dos R$ 82 milhões sejam revelados, e que medidas sejam tomadas para evitar que situações semelhantes se repitam no futuro.
Fonte da Notícia: Plantão Guia Região dos Lagos