Estudo mostra melhora na água de rios da Mata Atlântica

rio Tietê

Estudo aponta melhora na qualidade da água dos rios da Mata Atlântica

Um novo estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica revelou uma melhora gradativa na qualidade da água dos rios da Mata Atlântica. O estudo, intitulado “O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica”, analisou dados do Índice de Qualidade da Água (IQA) em 174 pontos de 129 rios e corpos d’água em 80 municípios de 16 estados da região.

De acordo com o estudo, 8% das análises realizadas em 2023 indicam água de boa qualidade, um aumento discreto em comparação ao ano anterior que registrava 6,9%. Além disso, houve um aumento de dois pontos percentuais nas amostras classificadas na categoria “regular”, que agora representam 77% do total. Por outro lado, a ocorrência de água considerada ruim caiu de 16,3% para 12,1%, mas a presença de água de qualidade péssima aumentou, passando de 1,9% para 2,9%.

A pesquisa também apontou que nenhum ponto analisado apresentou água de qualidade ótima, reforçando que ainda há um longo caminho a percorrer na preservação dos recursos hídricos da região. No entanto, alguns rios apresentaram melhorias significativas, como o rio Mamanguape, na Paraíba, e o ribeirão do Curral em Ilhabela, no estado de São Paulo, que saíram da classificação “regular” para “boa”. O rio Tietê, na divisa entre São Paulo e Guarulhos, também apresentou uma melhora, passando de “ruim” para “regular”.

Apesar dos avanços, a situação dos rios da Mata Atlântica ainda demanda atenção especial. A maioria dos pontos analisados continua classificada como “regular”, o que evidencia a fragilidade da condição ambiental dos corpos d’água da região. A coordenadora do programa Observando os Rios, Gustavo Veronesi, ressalta a necessidade de cuidados constantes para a melhoria da qualidade da água.

Além disso, o estudo destaca a importância da participação da sociedade civil e de políticas públicas integradas para a preservação dos recursos hídricos. A diretora de políticas públicas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, enfatiza a necessidade de um maior engajamento na causa da água limpa para todos, ressaltando o recente reconhecimento do acesso à água limpa como direito humano.

O estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica também destaca eventos nacionais e globais relacionados à água, como a Conferência da Água da ONU em Nova York e a COP28 em Dubai, que reforçam a importância da participação da sociedade civil na gestão e governança da água.

Em suma, o estudo aponta para melhorias na qualidade da água dos rios da Mata Atlântica, mas ressalta a necessidade de um trabalho contínuo para garantir a preservação dos recursos hídricos da região. O engajamento da sociedade civil e a adoção de políticas públicas integradas são fundamentais para enfrentar os desafios ambientais e garantir um futuro sustentável e seguro para todos.

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