Estrela lança mistério ao piscar a cada 44 minutos com sinais inexplicáveis
Recentemente, um fenômeno raro e intrigante foi observado no universo: uma estrela que emite sinais a cada 44 minutos, algo que os cientistas ainda não conseguiram explicar completamente. Este comportamento peculiar, captado por uma equipe internacional de astrônomos, desafia o entendimento atual sobre estrelas de nêutrons e outros corpos celestes.
Descoberta desafia os limites da astrofísica
Os pesquisadores utilizaram dados do Observatório de Raios X Chandra, da Nasa, além do telescópio Askap na Austrália e outros equipamentos para estudar o fenômeno. Diferente dos pulsares convencionais, que são estrelas de nêutrons girando rapidamente e emitindo pulsos em milissegundos ou segundos, este objeto cósmico apresenta uma periodicidade de 44 minutos em seus sinais.
Ziteng Wang, astrônomo da Universidade Curtin, na Austrália, e principal autor do estudo publicado na revista Nature, destacou o mistério que envolve esses corpos celestiais e seus sinais incomuns. “O que são esses corpos e como eles geram seus sinais incomuns permanecem um mistério”, afirma Wang, reforçando a complexidade do enigma.
O papel dos raios X nesse fenômeno
Nanda Rea, astrofísica do Instituto de Ciências Espaciais de Barcelona e coautora da pesquisa, relatou que, dentre os aproximadamente dez exemplos conhecidos dessa classe de objetos, este é o único que também emite raios X. Este detalhe adiciona uma nova camada ao quebra-cabeça, pois a emissão de raios X sugere processos astrofísicos ainda desconhecidos ou mal compreendidos.
“Embora a emissão de ondas de rádio do corpo recém-identificado seja semelhante à de aproximadamente 10 outros exemplos conhecidos dessa classe, ele é o único que emite raios X”, explicou Rea. Essa diferença pode dar pistas valiosas sobre a verdadeira natureza desse corpo celeste.
Hipóteses em debate
Os estudiosos têm explorado algumas hipóteses sobre a origem da estrela. Uma possibilidade é que seja uma magnetar, uma estrela de nêutrons com um campo magnético extremamente forte, capaz de explicar algumas das características observadas. Outra alternativa seria uma anã branca, um remanescente estelar compacto, orbitando rapidamente uma estrela companheira em um sistema binário.
Entretanto, Ziteng Wang observa que nenhuma dessas hipóteses consegue explicar completamente todas as características observadas. Tal fato ressalta a complexidade e o caráter misterioso deste fenômeno, que continua a desafiar a compreensão científica atual.
Desafios e futuros estudos
Este novo achado joga uma luz sobre o vasto desconhecido do cosmos, mostrando como os universos observáveis ainda guardam segredos surpreendentes. A identificação e análise de tais fenômenos são cruciais para avançar nosso entendimento do universo. Com novos telescópios e tecnologias emergindo, os astrônomos esperam desvendar mais sobre esses enigmáticos sinais e suas origens.
Por enquanto, os cientistas continuarão investigando, confrontando as limitações do conhecimento humano e atualizando as teorias astrofísicas, sempre em busca de respostas para os mistérios do universo.
Fonte da Notícia: [Guia Região dos Lagos](https://www.uol.com.br/tilt/noticias/reuters/2025/05/30/fenomeno-raro-estrela-pisca-a-cada-44-minutos-com-sinais-inexplicaveis.htm)