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Desmatamento da Amazônia aumenta pela segunda vez consecutiva

Amazônia desmatamento

Amazônia Enfrenta Aumento Preocupante no Desmatamento em Maio

Em maio de 2025, a Amazônia registrou um alarmante aumento de 92% nos alertas de desmatamento em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Segundo os dados divulgados pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram desmatados 960,3 km² de floresta, um aumento significativo em relação aos 502 km² registrados em maio de 2024. Estes números chamam a atenção para a urgência de medidas eficazes de proteção ao bioma amazônico.

Estados Mais Afetados

O estado do Mato Grosso lidera o ranking de desmatamento, com 627 km², representando 65% de toda a área desmatada em maio na Amazônia e um preocupante aumento de 237% em relação ao ano passado. Pará e Amazonas também se destacam pelos altos índices, com 145 km² e 142 km² desmatados, respectivamente. Tais números são indicativos de uma tendência preocupante de degradação ambiental no bioma.

Impactos Climáticos e Alterações Ambientais

Diversos fatores estão contribuindo para esse cenário, entre eles as mudanças climáticas e a ocorrência de um El Niño forte, que elevou as temperaturas e gerou secas extremas na região. Essas condições tornaram a Amazônia mais suscetível aos incêndios florestais, muitos dos quais iniciados por ações humanas. Em consequência, áreas florestais queimadas e colapsadas se tornaram mais vulneráveis ao desmatamento.

Dados Preocupantes do Ministério do Meio Ambiente

Dados do Ministério do Meio Ambiente e Clima (MMA) indicam que, em maio de 2025, 51% do desmatamento ocorreu em áreas de “Desmatamento com Vegetação”. João Paulo Capobianco, secretário do MMA, destacou que muitos focos de calor foram registrados em florestas nativas, indicando um uso criminoso do fogo que precisa ser combatido com rigor. Ele defende o fortalecimento das fiscalizações e a aplicação de penalidades severas para desencorajar essa prática.

Grilagem e Terras Públicas Não Destinadas

Outro problema que intensifica o desmatamento é a grilagem de terras. Análise do portal Terra Brasilis revela que áreas sem registro fundiário e Florestas Públicas Não Destinadas (FPNDs) são os principais alvos, compreendendo 42,9% dos alertas de desmatamento. No Amazonas, 64,5% do desmatamento ocorreu em FPNDs, sugerindo a atuação de grileiros. O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) alerta que 32,7 milhões de hectares de FPNDs estão sob risco de grilagem.

Legislação e o Projeto de Lei 2159/2021

O avanço do Projeto de Lei 2159/2021, que flexibiliza o licenciamento ambiental, pode agravar ainda mais a situação, incentivando a grilagem e o desmatamento em áreas ao redor de grandes projetos de infraestrutura. Thais Bannwart, do Greenpeace Brasil, chama a atenção para a necessidade urgente de políticas que destinem FPNDs à conservação, e critica o enfraquecimento da legislação ambiental no Congresso Nacional.

Enfrentamento e Futuro

O governo federal tem intensificado a fiscalização e as ações de prevenção a incêndios florestais, mas, conforme ressalta Bannwart, é imperativo haver mais esforços para coibir a grilagem e garantir a proteção das florestas. Cabe ao Congresso Nacional não promover alterações legais que fragilizem as conquistas ambientais do país. Dessa forma, será possível proteger o valioso patrimônio natural que é a Amazônia.

Fonte da Notícia: https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/amazonia-tem-segundo-aumento-consecutivo-de-desmatamento/

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