Programação do Museu do Jardim Botânico do Rio de Janeiro para Maio
O Museu do Jardim Botânico do Rio de Janeiro elaborou uma agenda rica e envolvente para o mês de maio, período que marca o Dia Internacional dos Museus, celebrado em 18 de maio, e o Dia da Mata Atlântica em 27 de maio. A programação abrange oficinas criativas, visitas educativas e atividades sensoriais, incentivando a população de todas as idades a refletir sobre a relação entre natureza, cultura e sociedade.
A Exposição Sobre a Mata Atlântica
Uma das principais atrações é a exposição temporária que contextualiza a Mata Atlântica, bioma onde cerca de 70% dos brasileiros vivem. Com o nome “Mata Atlântica: in-finitos encantos”, a exposição promete uma experiência envolvente, que une ciência e arte para destacar a diversidade e os ecossistemas que este bioma abriga, além de discutir os desafios socioambientais que enfrenta.
“Essa exposição é importante para despertar a admiração pelas riquezas naturais, criando um vínculo emocional entre os visitantes e a natureza. Inspirada nas ideias de Charles Darwin, ela convida os frequentadores a um estado de encantamento, onde a complexidade e a beleza do bioma são reveladas,” afirma Marinez Ferreira de Siqueira, que ocupa o cargo de diretora da Escola Nacional de Botânica Tropical e também é gestora do Conselho Curador do Museu do Jardim Botânico. Ela completa dizendo que esse envolvimento pode se transformar em uma ferramenta poderosa de educação ambiental, transformando os visitantes em defensores da biodiversidade brasileira.
A experiência começa com a ativação dos sentidos, estimulando sons, cores e texturas que ecoam a vivência de caminhar pela mata. Os visitantes são imersos em palavras, imagens, materiais biológicos e mapas que apresentam a riqueza dos ecossistemas da Mata Atlântica. Já na segunda parte da exposição, a amante da natureza e atriz Dira Paes convida o público a uma reflexão crítica sobre a preservação. Ao final do percurso, a exposição instiga os visitantes a agir, assumindo um papel ativo na conservação do bioma. Após explorar florestas, manguezais, restingas e campos de altitude—tudo dentro da Mata Atlântica—cada visitante tem a oportunidade de plantar sementes de espécies nativas. As mudas que brotarem serão cuidadas pelo Jardim Botânico do Rio e doadas a instituições parceiras.
Instalação Artística “Utopia Botânica”
Uma visita à instalação “Utopia Botânica” acontecerá no dia 4 de maio. Criada por Fernanda Froes para o Museu do Jardim Botânico, essa instalação recria de maneira poética uma floresta fragmentada de pau-brasil, uma planta emblemática da Mata Atlântica que, no período colonial, quase foi extinta devido à exploração de seu pigmento vermelho e atualmente ainda enfrenta ameaças.
A instalação foi inspirada em conceitos de utopia e paraíso presentes na obra “Utopia” (1516) de Thomas Morus, além de “Visão do Paraíso” (1959) de Sérgio Buarque de Holanda. Froes recupera a imagem de um espaço idealizado e perdido por meio de painéis feitos de tecido de algodão tingido artesanalmente, costurados com fios também tingidos do mesmo material. Todo este processo é realizado de maneira sustentável, a partir de podas de árvores.
“Utilizei técnicas tradicionais para explorar os pigmentos e mostrar uma floresta diversa, que se destaca não só pelas cores, mas por sua variedade em formas e texturas. Cada peça é única, com diferentes componentes e tonalidades que fazem referência não apenas ao pau-brasil, mas à grande diversidade vegetal da Mata Atlântica,” explica a artista.
Atividades Programadas
O público poderá participar de várias atividades, incluindo oficinas de Arte e Natureza focadas em flores em argila, jogos botânicos, oficinas sobre abelhas nativas, pigmentos naturais e mesas redondas que tratam sobre biodiversidade e cultura popular. Um ponto alto será a oficina sensorial “Semear”, direcionada para bebês de até três anos. Entre os dias 12 e 18 de maio, o Museu se unirá à 23ª Semana Nacional de Museus, promovendo um debate sobre a relevância dos museus em tempos de transformação social e ambiental.
Todas as atividades são gratuitas, com vagas limitadas e distribuídas por ordem de chegada. Esta é uma excelente chance para aprofundar o conhecimento sobre a biodiversidade brasileira e comemorar o futuro dos museus em um dos mais notáveis espaços verdes do Rio.
Inaugurado em 2024, o Museu do Jardim Botânico é fruto de uma colaboração entre o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Shell Brasil e o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). Com acesso gratuito, seu acervo conta com a exposição permanente “Muito mais que um jardim”, que é composta por oito experiências interativas focadas na conservação da biodiversidade. O Museu também abriga exposições temporárias que conectam arte e ciência e ainda oferece diversas oficinas, palestras e atividades educativas. Uma sala de leitura está disponível, permitindo ao público explorar obras e acessar digitalmente raridades da Biblioteca Barbosa Rodrigues.
O Museu do Jardim Botânico apresenta uma série de visitas educativas e oficinas especiais ao longo do mês. Estas atividades são projetadas para atender diferentes faixas etárias, criando oportunidades para que crianças, jovens e adultos aprendam sobre a Mata Atlântica e o papel dos museus.
Para aqueles que desejam participar, a programação inclui:
- Visita Educativa: Mata Atlântica
- Data: 01/05
- Horário: 10h30
- Público: Crianças e famílias
- Vagas: 20, por ordem de chegada
O Museu planejou uma série de atividades que seguirão ao longo do mês com objetivos educacionais e de interação com a natureza, como:
- Saberes Ancestrais: Entre Ervas e Sais
- Data: 01/05
- Horário: 14h30
- Público: A partir de 7 anos
- Vagas: 20, por ordem de chegada
Essas atividades são uma ótima oportunidade para envolver a comunidade em uma discussão significativa sobre a cultura e a preservação do meio ambiente, além de cultivar a conexão com a natureza através de esforços criativos e educativos.
Para outras consultas sobre a programação, o Museu do Jardim Botânico é um lugar onde arte, criatividade e educação ambiental se entrelaçam, criando um espaço rico para o aprendizado e a apreciação da biodiversidade que nos cerca.
