Como a Tornozeleira Eletrônica Transforma o Sistema de Justiça no Brasil
Nos últimos anos, a tecnologia tem avançado a passos largos e influenciado setores que, até então, eram dominados por métodos tradicionais. Um exemplo marcante está no sistema de justiça, onde dispositivos como a tornozeleira eletrônica têm se mostrado cada vez mais relevantes. Esse equipamento de monitoramento remoto é essencial para o cumprimento de penas alternativas e medidas judiciais no Brasil e no mundo.
O que é uma Tornozeleira Eletrônica?
A tornozeleira eletrônica é um dispositivo projetado para monitorar indivíduos sob medidas judiciais. Fixada ao tornozelo, ela permite o rastreamento contínuo do usuário. Este equipamento é frequentemente empregado como medida cautelar para pessoas sob processo criminal, além de monitorar presos em regime domiciliar ou autorizados a saídas temporárias.

A tornozeleira também desempenha um papel crucial em medidas protetivas, como impedir que agressores se aproximem de suas vítimas, principalmente em casos de violência doméstica. Desta forma, esse dispositivo garante que as decisões judiciais sejam respeitadas, assegurando a segurança pública sem a necessidade de encarceramento tradicional.
Como Funciona a Tornozeleira Eletrônica?
O funcionamento da tornozeleira eletrônica se baseia em tecnologias que permitem monitorar em tempo real a localização do usuário. Equipado com sensores de localização, o dispositivo utiliza principalmente o GPS para determinar a posição exata de quem a usa. Além disso, a tornozeleira conecta-se a redes móveis, semelhantes às usadas em celulares, para enviar dados de localização a uma central de monitoramento.

Quando ocorre uma violação, como a saída da área permitida, a tornozeleira emite um alerta imediato à central, que pode acionar as autoridades competentes. Assim, garante-se o cumprimento das condições judiciais impostas.
A História da Tornozeleira Eletrônica
A tornozeleira eletrônica surgiu nos Estados Unidos na década de 1960, inicialmente em um projeto de reabilitação para infratores desenvolvido em Harvard. Contudo, foi na década de 1980 que a tecnologia se tornou viável, quando a empresa NIMCOS criou um modelo funcional para monitoramento de presos em liberdade condicional.

No Brasil, a adoção das tornozeleiras eletrônicas começou nos anos 2000, com projetos-piloto destinados a monitorar indivíduos em regime semiaberto e medidas alternativas. Desde então, o uso desse dispositivo tem se expandido, consolidando-se como uma ferramenta eficaz no cumprimento de penas e medidas protetivas.
A tornozeleira eletrônica representa um avanço significativo no sistema de justiça, proporcionando uma alternativa ao encarceramento tradicional e garantindo a segurança das medidas judiciais impostas.
Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos