O Poder dos Núcleos: Entendendo a Potência das Bombas Nucleares
A composição do urânio, elemento natural mais pesado do planeta, possui características que o tornam fundamental na criação de armamentos nucleares. O urânio-238, o isótopo mais abundante, contém 146 nêutrons em seu núcleo. Entretanto, sua capacidade de fissão é superada pelo urânio-235, que possui 92 prótons e 143 nêutrons. Apesar de representar apenas 0,7% de uma amostra típica de urânio, o urânio-235 é crucial para a produção de energia nuclear.
Enriquecimento do Urânio: Um Passo Decisivo
A separação do urânio-235 do urânio-238 é realizada através do enriquecimento, um processo que utiliza a centrifugação do gás hexafluoreto de urânio (UF6). Durante essa etapa, a diferença de massa entre os dois isótopos permite que o urânio-235 seja isolado. Amostras enriquecidas desse isótopo são essenciais para a fabricação de armas nucleares, devido à sua elevada capacidade de fissão.
Bombas de Fusão: Uma Força Superior às de Fissão
Além das bombas de fissão nuclear, existe uma categoria ainda mais poderosa: as bombas termonucleares ou de hidrogênio. Ao contrário das bombas de fissão, que operam dividindo o núcleo atômico, essas bombas liberam energia através da fusão de núcleos. Essa reação acontece quando dois átomos de hidrogênio se unem para formar hélio, um processo similar ao que ocorre no núcleo do Sol.
Simulação do Sol na Terra
As bombas de fusão imitam a reação solar, utilizando dois tipos diferentes de núcleos de hidrogênio. Um deles contém um próton e um nêutron, enquanto o outro possui um próton e dois nêutrons. Essa união resulta na formação de um átomo de hélio, liberando uma quantidade extraordinária de energia. A capacidade destrutiva dessas bombas supera significativamente a das bombas de fissão, colocando-as como uma das armas mais devastadoras criadas pelo homem.
Dessa forma, tanto as bombas de fissão quanto as de fusão representam avanços significativos na física nuclear. Contudo, elas também levantam sérias questões éticas e de segurança, dado seu potencial destrutivo. O conhecimento sobre suas operações é crucial para compreender a magnitude dos riscos que representam.
Fonte da Notícia: [Guia Região dos Lagos](https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2025/06/18/flash-e-radiacao-a-reacao-em-cadeia-que-faz-a-bomba-nuclear-tao-potente.htm)