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Descubra 5 fatores que impactam a coleta seletiva no Brasil

latinhas reciclagem

Estudo Revela Motivações para Adesão à Coleta Seletiva no Brasil

A reciclagem é um pilar crucial para a promoção da economia circular e preservação ambiental, mas entender o que motiva a população a participar da coleta seletiva ainda é um desafio. Um estudo realizado pelo Instituto Recicleiros em colaboração com o Núcleo de Estudo e Pesquisa em Resíduos Sólidos (Neper/USP) busca esclarecer essas motivações. A pesquisa, apresentada no 33º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, contou com o apoio da SIG e investigou o comportamento de mais de quatro mil pessoas em onze cidades brasileiras.

Metodologia e Abordagem

O levantamento abrangeu 4.419 entrevistas realizadas em municípios de diferentes estados e regiões do Brasil, compondo uma população representativa de 672.942 pessoas. As cidades incluídas no estudo foram Caçador (SC), Guaxupé (MG), Garça (SP), Piracaia (SP), São José do Rio Pardo (SP), Três Rios (RJ), Caldas Novas (GO), Maracaju (MS), Naviraí (MS), Serra Talhada (PE) e Cajazeiras (PB).

A investigação, liderada pelo Vox Lab, laboratório do Instituto Recicleiros, considerou variáveis como gênero, faixa etária, escolaridade, renda familiar e localização dos participantes. A análise busca identificar barreiras e motivações para a prática da reciclagem, de modo a formular estratégias eficazes para promover uma reciclagem ética no país.

Principais Descobertas

Os resultados revelaram que a proteção ambiental é a principal razão para os participantes aderirem à coleta seletiva, mencionada por 50,8% dos entrevistados. Outros fatores incluem a limpeza urbana (17,7%) e a recuperação de matéria-prima (14,1%). A contribuição para a renda dos catadores foi o motivo menos citado, com 11,5% das menções.

A faixa etária influenciou os resultados: jovens entre 18 e 25 anos mostraram maior preocupação com a preservação do ambiente (56,1%), enquanto entre os idosos acima de 83 anos, essa preocupação diminuiu para 28,6%, frente a um aumento nas menções à limpeza urbana e à renda dos catadores.

Além disso, a renda familiar impactou as motivações. Entre os que ganham até um salário-mínimo, 43,8% citaram a proteção ambiental como razão principal, com 22,6% mencionando a limpeza urbana. Já entre os que recebem entre 12 e 20 salários-mínimos, 60% focaram na proteção ambiental, mas apenas 4,4% destacaram limpeza urbana ou renda dos catadores.

Influência da Escolaridade e Localização

A pesquisa indicou que a escolaridade também desempenha um papel significativo. Quanto maior o nível educacional, maior a consciência ambiental. Entre os pós-graduados, 59,2% reciclam principalmente em prol do meio ambiente, enquanto apenas 3,9% o fazem pela renda dos catadores. Entre os sem escolaridade, os números foram 33,7% para proteção ambiental, 31,7% para limpeza urbana e 18,3% para geração de renda.

Geograficamente, não foram observados padrões regionais consistentes. Cidades da mesma região, como Três Rios (RJ), Guaxupé (MG) e Piracaia (SP), demonstraram perfis de resposta diferentes, sugerindo que as campanhas de conscientização devem ser adaptadas conforme o perfil socioeconômico local.

Implicações e Conclusões

O estudo enfatiza a importância de campanhas de coleta seletiva personalizadas, que considerem as diferentes realidades e motivações das pessoas. Estratégias de engajamento social e ambiental mais efetivas podem ser formuladas a partir dessa compreensão aprofundada do comportamento das populações em relação à reciclagem.

A SIG, patrocinadora do projeto, destaca a necessidade de compreender o comportamento da população para transformar os sistemas de reciclagem e fomentar iniciativas locais eficazes na promoção da economia circular.

Fonte da Notícia: https://ciclovivo.com.br/planeta/desenvolvimento/motivacoes-que-influenciam-a-coleta-seletiva-no-brasil/

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